A Justiça Federal de Guarulhos (SP) acatou um pedido do Ministério Público Federal de São Paulo para que o inquérito sobre as joias da Arábia Saudita recebidas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passe a tramitar no Supremo Tribunal Federal (STF). A solicitação foi encaminhada na última sexta-feira (11/8) — mesmo dia em que a Polícia Federal deflagrou uma operação sobre a suspeita de venda ilegal de bens da União.
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Atualmente, a investigação tramita na Justiça Federal em São Paulo, pois os fatos iniciais sobre as joias ocorreram no Aeroporto de Guarulhos. O escândalo foi revelado pelo Estado de São Paulo, em março. Segundo a reportagem, o governo de Bolsonaro tentou trazer os diamantes sem pagar imposto. No Brasil, para retirar qualquer item retido na alfândega deve-se pagar imposto quando o valor supera US$ 1 mil.
As primeiras peças eram presentes da Arábia Saudita ao país e estão avaliados em R$ 16,5 milhões. O material apreendido estava na mochila de um militar que atuava como assessor de Bento Albuquerque, que, à época, chefiava o Ministério de Minas e Energia.
Depois disso, a equipe de Bolsonaro fez uma série de investidas para tentar resgatar o material. Também foi revelada a existência de um outro pacote, que inclui relógio, caneta, abotoaduras, anel e um tipo de rosário — todos da marca suíça de luxo Chopard. Os itens estavam na bagagem de um dos integrantes da comitiva, mas não foram interceptados no aeroporto.