O tenente-coronel Mauro Cid Barbosa, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), contratou o advogado Cezar Roberto Bitencourt, especialista em Direito Penal, para assumir a sua defesa. Mauro Cid foi preso no dia 3 de maio, em uma operação da Polícia Federal (PF) que investiga um esquema de adulteração no cartão de vacina do ex-presidente, sua filha, e familiares de Cid.
Cezar Roberto Bitencourt assumiu a defesa do tenente-coronel nessa terça-feira (15/8). O advogado já teceu críticas ao instrumento de delação premiada e reforçou que considera a prática "antiética". "Não gosto, sou contra a delação premiada, considero até antiético. Não vou dizer que desse leite não beberei, mas se eu puder, não usarei", disse o advogado em entrevista à CNN.
Na última semana, o advogado Bernardo Fenelon deixou a defesa do ex-ajudante de ordens. Ele havia assumido o posto pouco depois que o militar foi preso. Ao contrário de Bitencourt, Fenelon é especialista em delações premiadas. No entanto, durante o período em que prestou serviços a Cid, o tenente-coronel, em diversos depoimentos optou pelo direito de ficar em silêncio.
Antes de Fenelon, o cargo de defesa de Mauro Cid era ocupado pelo advogado Rodrigo Roca, que era próximo da família Bolsonaro e defendia o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).