Delgatti ficou conhecido em 2019 quando invadiu os dispositivos eletrônicos de integrantes da força-tarefa da Lava Jato, incluindo o ex-juiz, e na época então ministro da Justiça do governo Bolsonaro (PL), Sergio Moro.
O hacker afirmou que foi vítima de perseguição comparada ao que ele chamou de "perseguição contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)" e outros petistas. “Li a parte privada e posso dizer que o senhor é um criminoso contumaz, cometeu diversas irregularidades e crimes", disse Delgatti Neto.
Moro se irritou com a declaração do depoente e pediu que a CPMI advertisse Delgatti. O senador ainda retrucou a alcunha de “criminoso”. “Bandido aqui é o senhor que foi preso. O senhor foi condenado. O senhor é inocente como o presidente Lula, então?", indagou o Sergio Moro.
Moro ainda acusou Delgatti de ter invadido aplicativos de mais de 170 pessoas. O hacker confirmou a prática e disse que o número referido seria ainda maior. “Cheguei às conversas do senhor com o então procurador Dallagnol e essas conversas foram chanceladas pelo STF e são utilizadas para anular condenações de pessoas inocentes", pontuou Delgatti.
O senador Cid Gomes (PDT-CE), que presidia a sessão desta manhã, interveio na discussão e pediu para que Moro e Delgatti se limitassem a falar sobre os temas investigados pela CPI e não questões pessoais.