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Estado de Minas INVESTIGAÇÃO

Moraes autoriza cooperação internacional para quebra de sigilo em caso das joias

Polícia Federal solicitou colaboração para quebrar sigilo de ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados nos Estados Unidos. Eles são investigados em esquema de venda e recompra de joias da União


18/08/2023 08:30 - atualizado 18/08/2023 08:32
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Ministro Alexandre de Moraes
Bolsonaro, Mauro Cid e Mauro Cesar Lourena Cid são investigados no inquérito que apura um suposto esquema de venda ilegal de joias e bens de luxo da União para favorecer o patrimônio privado do ex-chefe do Executivo (foto: (Nelson Jr./SCO/STF))

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou, nessa quinta-feira (17/8), o pedido de cooperação internacional feito pela Polícia Federal para solicitar aos Estados Unidos a quebra de sigilo bancário das contas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), do ex-ajudante de ordens Mauro Cid e do pai dele, general da reserva Mauro Cesar Lourena Cid.

Eles são investigados no inquérito que apura um suposto esquema de venda ilegal de joias e bens de luxo da União para favorecer o patrimônio privado do ex-chefe do Executivo.

 

Frederick Wassef, advogado da família Bolsonaro, também poderá ter sigilo quebrado, caso tenha contas nos EUA. Na última sexta-feira, foram realizadas buscas e apreensões em endereços dos aliados e principais nomes ligados ao ex-presidente.

 

A polícia também busca o rastreamento das joalheiras envolvidas na venda das peças, principalmente do relógio que teria sido “resgatado” por Wassef. O objetivo é identificar pessoas físicas que transacionaram ilegalmente esses bens e onde foi parar o dinheiro das vendas.

 

O acessório, de platina cravejado de diamantes, foi entregue por sauditas a Bolsonaro durante uma viagem oficial, em 2019. O objeto foi levado para os Estados Unidos e, segundo a PF, em junho do ano passado, foi vendido por mais de U$S 68 mil, cerca de R$ 346 mil. Segundo a investigação, Frederick Wassef teria ido aos EUA para recomprar o relógio, que estava exposto em uma joalheria de Miami, para entregar ao Tribunal de Contas da União (TCU). O advogado admitiu que foi ao país resgatar o item.

 


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