"Caso Flávio tivesse formado uma barreira de proteção de acesso com o destacamento do Batalhão de Choque sob seu comando, os resultados lesivos teriam sido evitados ou, pelo menos, sensivelmente minimizados", diz a PGR.
Flávio Silvestre foi preso em 23 de maio durante a Operação Lesa Pátria. No dia dos ataques golpistas, ele era o responsável por toda a área da Esplanada dos Ministérios, após a folga do coronel Marcelo Casimiro. Ele foi denunciado pela PGR pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado, bem como infringir a Lei Orgânica e o Regimento Interno da Polícia Militar.
Segundo a Procuradoria, os policiais chegaram a sinalizar para que os extremistas prosseguissem com a invasão. De acordo com o relatório entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF), a equipe de Flávio Silvestre "detinha capacidade de impedir os danos ocorridos especificamente dentro do Congresso Nacional". "Seus homens estimularam o ingresso de mais insurgentes que, momentos depois, depredariam o Congresso Nacional", completou.