Os advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e do ex-ajudante de ordem dele, o tenente-coronel Mauro Cid, confirmaram que tiveram uma conversa após a revelação da revista "Veja" de que o militar confessaria o mando de Bolsonaro no caso da venda ilegal de joias que pertenciam ao acervo da União.
entrevista à GloboNews, Paulo Bueno, defensor do ex-presidente, e Cezar Bittencourt, representante de Cid, trouxeram suas versões sobre a ligação que tiveram na noite dessa quinta (17/8).
Em Bittencourt tinha afirmado que não teria tido contato com a defesa de Bolsonaro, mas depois contou sobre a ligação. O defensor de Mauro Cid nega que tenha havido ameaças ou qualquer tipo de intimidação.
“Eu falei com ele na madrugada. E não tem nenhum problema, não sei qual é a diferença, é um grande advogado com grandes referências que me foram dadas por outro profissional. Qual é o problema? Não tenho censura não”, disse o advogado de Cid.
Já Paulo Bueno destacou que a ligação foi apenas uma cordialidade para falar sobre o processo. O advogado elogiou o seu par e afirmou que a conversa não teria durado mais de dois minutos. “O professor Cezar Bittencourt é uma pessoa extremamente respeitada no meio acadêmico. (...) Quando vi que ele ingressou [no caso] fiquei muito satisfeito, é uma pessoa de excelente reputação e extremamente preparada”, ressaltou o advogado de Bolsonaro.
Bueno afirmou que queria facilitar o acesso de Bittencourt aos autos do processo, mas negou que o contato seria depois da publicação da "Veja". “Acredito que o professor tenha se confundido em razão da entrevista que deu e não saiba o horário em que a revista é vinculada”, completou.