Jornal Estado de Minas

NÍSIA TRINDADE

Ministra da Saúde defende cooperação contra pandemias


Gandhinagar – Índia - A ministra da Saúde, Nísia Trindade, defendeu a cooperação internacional e tecnologias em saúde para o enfrentamento de futuras pandemias na Reunião de Ministros da Saúde do Grupo dos 20 (G20), realizada sexta-feira e sábado, em Gandhinagar, na Índia. A partir de 2024, o Brasil assumirá a presidência do G20, grupo formado pelas 19 maiores economias do mundo e a União Europeia. O evento marca a retomada do protagonismo brasileiro nos debates que envolvem questões globais de saúde. Nísia Trindade disse que o sucesso no enfrentamento de futuras pandemias vai depender do nível de interação entre os países e da capacidade de eles se integrarem para aumentar a resiliência dos sistemas nacionais de saúde.




 
A ministra também enfatizou, segundo o ministério, a necessidade de fortalecimento das capacidades nacionais de vigilância e de resposta à resistência antimicrobiana, além da importância de garantir a produção, o fornecimento e o acesso universal a produtos de baixo custo. Na sexta-feira, a ela também participou de cúpula para debater a medicina tradicional.
 
Na oportunidade, mencionou a Resolução sobre a Saúde dos Povos Indígenas, proposta pelo Brasil e adotada por consenso na última Assembleia Mundial da Saúde. O documento inclui a saúde dos povos originários como uma questão prioritária na pauta da Organização Mundial de Saúde (OMS), no sentido de avançar em sistemas que promovam ações específicas para essa população.
 
O G20 é composto por Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, Japão, República da Coreia, México, Rússia, Arábia Saudita, África do Sul, Turquia, Reino Unido e Estados Unidos, além da União Europeia. Os membros do G20 representam cerca de 85% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos por um país) global, mais de 75% do comércio global e cerca de dois terços da população mundial.




 
Desde 2008, os países revezam-se na presidência. E será a primeira vez que o Brasil presidirá o G20 no atual formato. A programação da presidência do G20 compreenderá mais de uma centena de reuniões oficiais em todo o território nacional, entre as quais a Cúpula de Líderes, cerca de 20 reuniões ministeriais, mais de 50 reuniões de altos funcionários, além de dezenas de eventos paralelos. A Cúpula de Líderes do G20, durante a presidência de turno brasileira, está prevista para 18 e 19 de novembro de 2024, no Rio de Janeiro. A Presidência da República do Brasil indicou três desafios orientadores gerais para todos os grupos de trabalho do G20, em 2024: desenvolvimento sustentável, reforma das estruturas de governança global e combate às desigualdades.

ECONOMIA DIGITAL

Os países membros do G20 aprovaram, no sábado, um documento sobre economia digital. Durante reunião anual do grupo, foram acordados temas sobre infraestrutura digital pública, segurança na economia digital e habilidades digitais. O Brasil foi representado pelo ministro das Comunicações, Juscelino Filho. Ele destacou as medidas implantadas pelo país nas áreas prioritárias definidas pelo grupo, como o Pix e a identidade digital para acessar os serviços digitais disponíveis no Portal Gov, plataforma que alcança 150 milhões de pessoas e oferece diversos serviços públicos eletrônicos.
 
O ministro também citou os esforços do governo federal para levar internet para 140 mil escolas públicas do país. “A qualificação de professores e a disponibilização de material didático específico em plataformas digitais são objeto de um esforço coordenado de governo”, declarou. A reunião anual de ministros da economia digital do G20 ocorre desde 2017. Neste ano, a Índia ocupa a presidência dos trabalhos.