O ministro de Desenvolvimento e Assistência Social, Familia e Combate à Fome, Wellington Dias (PT-PI), assinou, nesta segunda-feira (21/8), um protocolo de intenções entre o governo federal e a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) para criação de programas de geração de empregos para pessoas inscritas no CadÚnico. Ao lado do prefeito Fuad Noman (PSD), o ministro visitou o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) do Taquaril, Região Leste da cidade.
Segundo a PBH, a assinatura do protocolo será prosseguida pelo envio de um Projeto de Lei pelo Executivo à Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) para determinar que 10% das contratações de funcionários do município sejam de pessoas inscritas no CadÚnico do governo federal para programas sociais.
BH tem, atualmente, 300 mil famílias inscritas no CadÚnico. Quase metade delas, 47%, vive com uma renda per capita menor que R$ 105 mensais, o que caracteriza extrema pobreza. O projeto que será enviado para apreciação dos vereadores, de acordo com a prefeitura, tem o objetivo de facilitar o ingresso dessa faixa da população no mercado de trabalho.
Wellington Dias vem a BH em meio a incertezas relacionadas à reforma ministerial no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A pasta chefiada pelo petista está na mira de partidos do Centrão, embora o presidente já tenha dado declarações no sentido de manter o ministério sob o comando de aliados políticos e ideológicos.
Além de Dias, BH ainda receberá nesta segunda os ministros de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD-MG), e da Justiça e Segurança Pública, Flavio Dino (PSB-MA). Ambos participam de cerimônia de entrega de viaturas no Aeroporto da Pampulha no início da tarde.
Entourage petista
A visita do ministro à Zona Leste de BH foi acompanhada por vários nomes do PT em Minas Gerais. Estavam presentes os vereadores Bruno Pedralva e Pedro Patrus; os deputados estaduais Leleco Pimentel e Macaé Evaristo; e os deputados federais Rogério Correia, Patrus Ananias e Padre João.
Também acompanhou a visita André Quintão, que foi candidato a vice-governador de Minas nas últimas eleições em chapa encabeçada por Alexandre Kalil (PSD), correligionário de Fuad.
A pouco mais de um ano das eleições municipais, Fuad ainda não oficializou sua candidatura à reeleição. O nome petista à prefeitura da capital também é uma incógnita, mas Rogério Correia é um dos cotados.
Questionado sobre a presença de diversos quadros petistas na cerimônia e a possibilidade de reedição de uma chapa entre PSD e PT nas eleições municipais de 2024, Fuad agradeceu a parceria com os petistas, mas evitou comentar sobre o pleito.
“Nós temos tanta coisa para fazer até lá. Vamos deixar eleição para o ano que vem. Esse ano nós temos que trabalhar muito e graças a Deus que nós temos um apoio de deputados e de partidos diversos, inclusive do PT, que está aqui hoje. Para nós é uma alegria muito grande tê-los para nos ajudar a construir uma cidade melhor. Eleição fica para ano que vem”, afirmou.