O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, pediu à PF o envio da relação de nomes dos militares que se reuniram com o hacker Walter Delgatti Neto. O ofício foi enviado pelo chefe da pasta na última sexta-feira (18/8).
Em depoimento à CPMI dos atos golpistas de 8 de janeiro, um dia antes, Delgatti disse que foi ao ministério a pedido de Bolsonaro para que ele conversasse com técnicos da pasta sobre as urnas eletrônicas. Segundo ele, essa reunião com o ex-presidente foi no ano passado, antes da campanha presidencial.
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Bolsonaro teria prometido indulto ao hacker. Essa promessa, ainda de acordo com o relato de Delgatti, teve o objetivo de convencê-lo a ir ao Ministério da Defesa. À época, o hacker disse que estava desempregado e foi por esse motivo que decidiu conversar com o presidente.
Foi criado um plano para desacreditar as urnas, disse Delgatti. "Eu faria um código-fonte meu, não do TSE, para a população ver que seria possível apertar um voto e imprimir outro", disse. Para isso, o hacker receberia uma urna eletrônica emprestada pela OAB e instalaria um aplicativo criado por ele.
O ex-presidente teria dado "carta branca" a hacker neste plano. "Ele me deu carta branca para fazer o que eu quisesse, relacionado às urnas", disse Delgatti.