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Estado de Minas ATOS GOLPISTAS DE 8/1

CPMI deve ouvir sargento que pagava contas de Michele

De acordo com o deputado Rogério Correia (PT-MG), integrante da CPMI, também devem depor o comandante da PM do DF e, novamente, Mauro Cid


21/08/2023 20:20 - atualizado 21/08/2023 20:49
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Deputado Rogério Correia (PT-MG)
O deputado Rogério Correia (PT-MG), integra a CPMI que apura a responsabilidade pelos atos golpistas de 8/1 (foto: Gladyston Rodrigues/EM/DA. Press - 17/7/2023)
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), que apura a responsabilidade pelos atos golpistas de 8 de janeiro, deve aprovar nesta terça-feira (22/8) a convocação do suspeito de sacar dinheiro vivo em caixas eletrônicos para pagar despesas da ex-primeira dama Michelle Bolsonaro (PL-DF), o sargento Luis Marcos dos Reis. 

 

Ele deve depor na quinta-feira (24/8), segundo o deputado federal Rogério Correia (PT-MG), que integra a CPMI."Ele será ouvido para vermos tanto sobre essa misturada de contas públicas e privadas, nessas denúncias de corrupção de Michele e Bolsonaro, mas também do ato do dia 8. No nosso entendimento essas coisas se misturavam, pois havia ali também financiamento do golpe, através dessas figuras”, afirma o deputado.

 

Segundo ele, depois a CPMI deve ouvir integrantes da cúpula da Polícia Militar no Distrito Federal, presos semana passada por uma operação da Polícia Federal, que investiga os atos de 8 de janeiro. Eles são suspeitos de ajudar os atos e de tentar obstruir as investigações

 

“Pelo menos um deles queremos escutar”, disse o deputado que defende que o depoente seja o comandante-geral da PMDF, coronel Fábio Augusto, que está entre os presos.“Após essa operação ficou evidente que a Polícia Militar, por meio de um conluio de sua direção, permitiu que o golpe fosse tentado e as pessoas chegassem até os Três Poderes”.

 

Além de aprovar a apreensão dos passaportes de Bolsonaro e Michele, a CMPI também quer ouvir novamente o tenente-coronel Mauro Cid, preso desde 8 de maio, por suspeita de fraude nos cartões de vacinação de integrantes do governo Bolsonaro. No mês passado ele foi convocado para depor na CPMI, mas decidiu não responder as perguntas dos deputados.

 

Depois disso, Cid passou a ser investigado também por envolvimento na venda de joias que Bolsonaro ganhou de presente e que deveriam ter sido entregues para o acervo da  União. “Já que ele está disposto a falar, queremos que ele conte, não somente sobre a venda das joias, mas sobre o que ele sabia sobre os atos golpistas”.

 

De acordo com o deputado a CPMI está no "rumo certo" e todas essas convocações devem ser votadas amanhã.


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