A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que facilita a privatização da Cemig e da Copasa não foi lida nesta terça-feira no plenário da Assembleia Legislativa. Ela é necessária para que a proposta ganhe número e comece oficialmente a tramitar. De acordo com o deputado Cleiton (PV), do bloco de oposição, foi acordado com o presidente do Legislativo, deputado Tadeu Martins Leite (MDB), que a PEC só será lida depois que sua tramitação for acertada com o colégio de líderes.
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O líder do governo, deputado João Magalhães (MDB), disse considerar a proposta de federalização "plenamente viável", mas disse não saber se o governo concordaria. "O governo conseguiria um valor bem superior no lugar de passar para a iniciativa privada", afirmou o líder.
Enviada nessa segunda-feira (21/8), a PEC reduz o número de votos para a venda dessas empresas e também acaba com o referendo popular, previstos na Constituição Mineira, desde 2001, por obra do então governador Itamar Franco.
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O deputado Coronel Sandro (PL-MG), da base governista, disse acreditar que as privatizações não teriam o apoio da população caso sejam alvo de consulta pública.