Jornal Estado de Minas

LEGISLATIVO

ALMG: oposição defende federalizar a Cemig, em vez de vendê-la

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que facilita a privatização da Cemig e da Copasa não foi lida nesta terça-feira no plenário da Assembleia Legislativa. Ela é necessária para que a proposta ganhe número e comece oficialmente a tramitar. De acordo com o deputado Cleiton (PV), do bloco de oposição, foi acordado com o presidente do Legislativo, deputado Tadeu Martins Leite (MDB), que a PEC só será lida depois que sua tramitação for acertada com o colégio de líderes. 





Segundo o deputado, a oposição defende que paralelamente à tramitação da PEC que facilita as  privatizações sejam também colocados em votação os projetos que federalizam a Cemig e a Codemig. Isso facilitaria, de acordo com o deputado, autor das propostas de federalização das duas estatais, no caso da empresa de energia, a retomada pelo governo federal do controle da Eletrobras, vendida pelo governo Jair Bolsonaro.
  
"Se ele (Zema) afirma que quer usar os recursos para abater da dívida e poder fazer investimentos, por que não entregar as empresas para o governo ?", questiona o parlamentar.
  
O líder do governo, deputado João Magalhães (MDB), disse considerar a proposta de federalização "plenamente viável",  mas disse não saber se o governo concordaria. "O governo conseguiria um valor bem superior no lugar de passar para a iniciativa privada", afirmou o líder.  

Enviada nessa segunda-feira (21/8), a PEC reduz o número de votos para a venda dessas empresas e também acaba com o referendo popular, previstos na Constituição Mineira, desde 2001, por obra do então governador Itamar Franco.
O deputado Coronel Sandro (PL-MG), da base governista, disse acreditar que as privatizações não teriam o apoio da população caso sejam alvo de consulta pública.