Minas Gerais subiu da 8ª para a 6ª posição no Ranking de Competitividade dos Estados de 2023, publicado pelo Centro de Liderança Pública (CLP), em parceria com a Tendências Consultoria e a startup Seall. O resultado coloca Minas de volta ao seu melhor lugar na série histórica, obtido em 2017 e 2018, sob a gestão do então governador Fernando Pimentel (PT).
“O avanço geral de Minas no ranking está muito ligado, principalmente, ao crescimento em pilares com maior peso, como segurança pública e solidez fiscal”, avalia Lucas Cepeda, gerente de competitividade do CLP, em entrevista ao Estado de Minas. Em sua 12ª edição, o Ranking de Competitividade dos Estados avaliou as 27 unidades federativas com base em 99 indicadores, distribuídos em dez pilares temáticos: infraestrutura, sustentabilidade social, segurança pública, educação, solidez fiscal, eficiência da máquina pública, capital humano, sustentabilidade ambiental, potencial de mercado e inovação.
O Ranking de Competitividade 2023 vai ser lançado hoje, em Brasília, durante o Congresso do Conselho Nacional de Secretários de Administração (Consad), que começou ontem e vai até amanhã. O evento ocorre das 9h às 16h15, com abertura e cinco painéis. O ranking “é uma ferramenta sobre o ponto de vista de política pública, baseada em dados e evidências, já testada e retestada. Estamos na 12ª edição de algo que é utilizado, hoje, por 24 dos 27 estados como forma de diagnóstico, priorização de política pública, monitoramento e construção”, disse o diretor-presidente do CLP, Tadeu Barros, ao Estado de Minas.
Minas recuou apenas no pilar eficiência da máquina pública, caindo do 7º para o 10º lugar, manteve a vice-liderança no de educação e cresceu em outros quatro: segurança pública (11ª posição para 8ª), capital humano (14ª para 9ª), potencial de mercado (14ª para 12ª) e solidez fiscal (26ª para 25ª). “Do ponto de vista de solidez fiscal, Minas ainda está bem atrás porque não é um interruptor que liga e desliga. É um trabalho de médio e longo prazo, mas na nota absoluta já há uma melhoria e uma responsabilidade em relação a estas questões fiscais, no Brasil e também em Minas”, declarou Tadeu Barros.
O ranking também avaliou indicadores como desmatamento e recuperação de áreas degradadas, enquanto a temática social leva em conta indicadores como cobertura vacinal, obesidade e desnutrição infantil. Nesta edição, foram incorporados 13 novos indicadores, como violência sexual, trabalho infantil e trabalho escravo. “O CLP é uma organização suprapartidária que busca engajar a sociedade e desenvolver líderes públicos para enfrentar os problemas mais urgentes do Brasil. Há 15 anos, defende um Estado democrático de direito, eficiente no uso de seus recursos e constituído sobre princípios republicanos”, diz a entidade.
Questionado pelo Estado de Minas sobre a interlocução de gestores públicos com os dados levantados anualmente pelo CLP, Barros afirma que tem melhorado. “É uma relação que vem se consolidando cada vez mais, em que a gente tem uma legitimidade muito grande. Como eu disse, não é uma ferramenta que nasceu ontem, é uma ferramenta que já tem muita rodagem e que já foi testada”.
São Paulo mantém a liderança do ranking nacional desde a primeira edição, além de liderar nos pilares educação, infraestrutura e inovação. O Rio de Janeiro permaneceu na 11ª colocação geral, depois de ter subido seis posições em 2022, e o Espírito Santo se manteve em 10ª após recuar cinco lugares no ano passado.
A programação oficial do lançamento, hoje, em Brasília, confirma a presença dos ministros dos Transportes, Renan Filho, e da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e dos governadores Helder Barbalho (PA-MDB), Mauro Mendes (MT-União Brasil), Raquel Lyra (PE-PSDB), Ronaldo Caiado (GO-União Brasil), Wilson Lima (AM-União Brasil), e Gladson Cameli (AC-PP).