Nesta quarta-feira (23/8), o parlamentar se reuniu com o comandante do Exército, general Tomás Paiva, para falar sobre a investigação de militares na CPMI. Em entrevista coletiva, ele afirmou que o caso das joias não tem relação com o ataque aos três poderes e não seria foco da comissão.
“Venda de joias, quebrar o RIF [Relatório de Inteligência Financeira] do presidente Bolsonaro. Será que vocês, alguém aqui, em juízo perfeito, vai imaginar que o presidente Bolsonaro tava lá mandando Pix, da conta dele, para patrocinar invasão do Palácio do Planalto ou do Congresso Nacional no dia 8 de janeiro? Obviamente que não", disse.
Maia afirma que esses casos só seriam alvos da CPMI se houver vinculação com os atos golpistas. “Não vejo sentido para quebrar o sigilo apenas porque é o ex-presidente da República. Então, se quiserem fazer uma CPI pra discutir presentes de ex-presidentes venda de Rolex, negócio de joias, façam outra CPMI", exclamou o deputado.
O presidente da CPMI ainda explicou que o depoimento do hacker Walter Delgatti Neto se enquadrava no escopo do colegiado porque ele teria trabalhado para desacreditar o processo eleitoral.
Ontem (22/8), os membros da comissão deveriam votar a quebra do sigilo da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), mas um desentendimento e falta de acordo entre oposição e base cancelou a sessão deliberativa. O requerimento será apreciado nesta quinta-feira (24/8), junto com uma nova convocação do tenente-coronel Mauro Cid.