A deputada Bella Gonçalves (Psol), oposição ao governador Romeu Zema (Novo) na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), manifestou repúdio ao título de cidadão honorário concedido ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e que será entregue na próxima segunda-feira (28/8).
A parlamentar subiu na tribuna do plenário nesta quarta-feira (23/8) e criticou o título concedido em 2019 também ao ex-vice-presidente Hamilton Mourão e ao ex-ministro da Justiça, Sergio Moro. “Essa pessoa (Bolsonaro) já tá comprovado, além de falsificador de cartão de vacina, contrabandista de joias, é também um genocida”, disse.
Bella Gonçalves ainda ironizou e disse que a sessão solene de segunda-feira pode não ocorrer caso o ex-presidente seja preso pela Polícia Federal (PF). Ela classificou o ato como “vergonha e “show de horrores”, apelando para que Zema não utilize o aparato do estado para fazer propaganda do evento.
“Espero, também, que avisem ao Bolsonaro que a placa da homenagem não é de ouro, porque senão ele vende. Vende placa de ouro, vende joias e pede pix para fazer harmonização facial”, emendou lembrando do esquema de venda ilegal de joias de partimonio da União.
Na sequência de falas, o deputado Bruno Engler (PL-MG), um dos aliados mais próximos do ex-presidente, saiu em defesa do correligionário. Ele disse que o discurso parecia um “stand up” de comédia, pois estaria atacando Bolsonaro sem acusá-lo de crime.
“Tem comprovação nenhuma de que ele vendeu as joias e não é prática de crime. O presidente, ao contrário daquele que é apoiado pela esquerda (Lula), nunca foi condenado por nada”, disse.