Uma operação policial contra suspeitos de crimes de falsidade ideológica, associação criminosa, estelionato, crimes contra a ordem tributária e lavagem de dinheiro estaria cumprindo mandados de busca e apreensão em dois endereços que seriam de Jair Renan Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, na manhã desta quinta-feira (24/6), segundo a imprensa brasileira.
Em nota, a polícia civil do Distrito Federal deu detalhes sobre a operação, batizada Operação Nexum, mas não citou os nomes dos alvos da empreitada.
Segundo a TV Globo, a polícia civil do Distrito Federal cumpre mandados de busca e apreensão em dois imóveis ligados a Jair Renan, conhecido como "filho 04" do ex-presidente, em Brasília e em Balneário Camboriú (SC).
A BBC News Brasil tenta contato com a defesa de Jair Renan, mas não obteve resposta até a publicação desta matéria.
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Jair Renan Bolsonaro diz que pandemia foi tempo de 'pegação' Jair Renan Bolsonaro para Gabriel do BBB23: 'Você me seguia, mas se vendeu'PF diz que Abin interferiu em investigação de Jair Renan Bolsonaro“O principal alvo da operação e mentor do esquema coleciona registros criminais por falsificação de documentos, estelionato, organização criminosa, peculato, lavagem de dinheiro, corrupção ativa, uso de documento falso e disparo de arma de fogo e, no ano de 2023, já foi alvo de duas operações da PCDF”, informou a corporação.
Segundo a TV Globo, este seria o instrutor de tiro e amigo de Jair Renan, Maciel Carvalho, que já havia sido preso em janeiro e foi alvo destas operações policiais neste ano.
A BBC News Brasil ainda não confirmou as informações publicadas por veículos nacionais sobre Maciel Carvalho.
As duas operações que deram origem aos mandados desta quinta-feira são:
- Operação Succedere, que investigou "crimes tributários praticados por uma organização criminosa especializada em emissão ilícita de notas fiscais"
- Operação Falso Coach, que apurou "uso de documentos falsos para o registro e comércio de armas de fogo e a promoção de cursos e treinamentos de tiro por meio de uma empresa em nome de um 'laranja'", segundo a polícia civil do DF
Ainda de acordo com nota enviada pela polícia civil, a nova investigação identificou "um esquema de fraudes com crimes de estelionato, falsificação de documentos, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro, com o objetivo final de blindar o patrimônio dos envolvidos".
A polícia diz que o grupo investigado teria criado um “testa de ferro” ou “laranja” para "ocultar o verdadeiro proprietário das empresas de fachada ou empresas “fantasmas”, utilizadas pelo alvo principal e seus comparsas".
Participam da operação 35 policiais das polícias civis do Distrito Federal e do Estado de Santa Catarina.