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Estado de Minas CPI DOS ATOS ANTIDEMOCRÁTICOS

Em CPI do Distrito Federal, Cid diz que permanecerá em silêncio novamente

O ajudante de ordens do ex-presidente Bolsonaro afirmou que irá exercer seu direito de ficar calado assim como fez em depoimento à CPMI


24/08/2023 10:52 - atualizado 24/08/2023 11:32
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A CPI dos Atos Antidemocráticos, da Câmara Legislativa do Distrito Federal, ouve hoje o Tenente-Coronel Mauro Cid, ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). No início do depoimento, Cid afirmou que permanecerá em silêncio durante a sessão, assim como fez na CPMI realizada pelo Congresso Nacional.

“Em respeito ao Congresso Nacional e seguindo a mesma linha adotada naquela linha de inquérito e sem qualquer intenção de desrespeitar os trabalhos conduzidos por essa CPI, e considerando minha inequívoca condição de investigado e por orientação da minha defesa técnica, farei uso em toda essa sessão do meu direito constitucional ao silêncio”, declarou o militar.

Cid foi convocado para esclarecer o envolvimento dele nos planos para execução de um golpe de Estado contra o presidente Lula e manter Jair Bolsonaro no poder. Em operação da Polícia Federal foi encontrado no celular do militar uma minuta golpista, com o passo a passo para o golpe.
Em investigações da PF, também foi apontado o envolvimento do braço-direito do ex-presidente em um esquema de venda ilegal de joias que foram recebidas por Bolsonaro como presente de autoridades estrangeiras. Atualmente, Cid está preso por suspeita de fraude no Ministério da Saúde ao incluir dados de vacinação falsos de seus familiares e da família Bolsonaro. 

Cid usou o direito de falar apenas para descrever as atribuições da função dele enquanto ajudante de ordens do ex-presidente, incluindo o dever de receber e entregar presentes ao mandatário, assim como impressão de documentos, execução da agenda, recepção de pessoas ou autoridades para reuniões, atendimento de ligações, recebimento de correspondências e auxiliá-lo com suas finanças pessoais.
Também explicitou que a função dele era de assessorar o então presidente e que não participava de atividades relativas à gestão pública. “Exatamente pela discrição inerente à função, não questionamos o que era tratado nas respectivas agendas e reuniões”, afirmou Cid.


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