Jornal Estado de Minas

CPMI DO 8/1

CPMI: Moro diz que comissão não deve investigar joias de Bolsonaro

O senador Sergio Moro (União-PR) comentou pela primeira vez um dos escândalos que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ao comentar sobre os trabalhos da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos antidemocráticos do 8 de janeiro, o parlamentar opinou dizendo que a comissão não deve investigar o caso das joias. Desde o início do escândalo envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro, Moro não se posicionou sobre o assunto. 





Para Moro, a reconvocação do tenente coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, que foi aprovada na sessão desta quinta-feira (24/8), é "desnecessária".

"Desnecessário. Existe uma iniciativa da parte do governo que quer investigar o episódio das joias do Bolsonaro. Por mais que isso tenha que ser investigado, isso não tem nada a ver com a CPMI. O que isso tem a ver com o 8 de janeiro? As joias não invadiram nada. É um outro assunto. Estamos desviando o foco da comissão", disse o senador Sergio Moro, antes da convocação de Mauro Cid ser votada. 

O senador também ressaltou que a oposição "não tem medo de investigação", mas acredita que os governistas na comissão tentam fazer uma investigação enviesada. "Oposição quer que se investigue tudo", disse.





"Nós estamos percebendo que o governo tem evitado. Ele atuou aqui expressamente, inclusive, para impedir que fossem ouvidos os diretores da Força Nacional. Não pode chamar um funcionário público para prestar esclarecimentos? Na comissão da CPMI?", questionou o senador.

Relação Moro x Bolsonaro  

Nas redes sociais, recorrentemente o senador é cobrado por um posicionamento em relação aos escândalos que envolvem o ex-presidente. O próprio vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho de Jair Bolsonaro, cobrou uma manifestação do senador quando o ex-presidente se tornou inelegível por determinação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
 
Moro é ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro. Ele deixou o governo acusando o ex-presidente Jair Bolsonaro de tentar interferir na Polícia Federal (PF). Moro e Bolsonaro se aproximaram novamente no segundo turno das eleições de 2022, quando Moro apoiou a campanha de reeleição de Jair Bolsonaro.