O deputado federal Marco Feliciano (PL-SP) afirmou durante a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos antidemocráticos, nesta quinta-feira (24/6), que o bolsonarismo não vai abandonar a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), na mira da Polícia Federal e do Supremo Tribunal Federal (STF) por uma série de escândalos.
gritos puderam ser escutados nos corredores do Senado.
Na terça-feira (22/4), a reunião deliberativa do colegiado precisou ser cancelada por falta de acordo entre os parlamentares no que tange a quebra de sigilo da deputada bolsonarista. Em uma pré-reunião, fechada para a imprensa, quando os membros da CPMI firmavam os acordos do que será votado, “Eu ouvi um deputado aqui falar que nós abandonamos a Carla Zambelli. Ele desconhece os fatos e faz isso só para criar uma intriga entre os bolsonaristas. Na terça-feira, o cerne da briga que vimos na reunião foi justamente sobre a deputada Carla Zambelli, quando eu disse que este parlamento deveria ter respeito pelos seus pares”, disse Feliciano.
Feliciano reclamou que a CPMI aprovou a quebra dos sigilos de Zambelli sem antes ela ser ouvida pelo colegiado. O deputado bolsonarista ainda afirmou que a CPMI perdeu o foco e virou um momento de “show”.
O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, afirmou para o blog da jornalista Andréia Sadi, do G1, que a legenda vai defender Zambelli “com todas as forças”.
Recentemente, Zambelli se tornou ré no STF por porte ilegal de arma de fogo no caso em que ela persegue um homem apontando uma arma na véspera do segundo turno das eleições de 2022. Apesar das declarações de defesa, o episódio causou um mal-estar na cúpula do PL, inclusive no ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Em relação à quebra do sigilo na CPMI, a deputada é suspeita de envolvimento com o hacker Walter Delgatti Neto, que afirmou ter recebido R$ 40 mil para uma operação contra o ministro Alexandre de Moraes.