A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos antidemocráticos do 8 de janeiro quer propor um acordo de delação premiada com o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O acordo seria em troca de uma redução da possível pena que o ex-ajudante receberia em razão das investigações sobre os atos golpistas e a suspeita de fraude em cartões de vacinação. Esse tipo de acordo é inédito em CPIs.
Leia Mais
Relatora da CPMI sobre Feliciano: 'Pessoa abjeta, misógina'Presidente da CPMI do 8/1 quer concluir os trabalhos até 17 de outubroCPMI: Moro diz que comissão não deve investigar joias de BolsonaroCPMI: Ex-comandante da PM nega ter permitido atos do 8/1 e fica em silêncioTenente-coronel Mauro Cid presta novo depoimento à PF nesta segundaNa CPMI do 8/1, Maia tem a difícil tarefa de evitar a guerraMinas pode ter mais um deputado federal após julgamento do STF; entendaA parlamentar afirmou que, para o acordo sem firmado, além da iniciativa do depoente, é preciso que a delação seja aprovada em plenário, haja uma manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR) e uma homologação do Supremo Tribunal Federal (STF).
CPMI do 8/1 aprova reconvocação de Mauro Cid
Nessa quinta-feira (24/8), a comissão aprovou a reconvocação do tenente-coronel Mauro Cid. Ele foi ouvido pela CPMI em julho, mas desde então, novos fatos vieram à tona. Na época, o tenente coronel optou por ficar em silêncio na maioria das respostas.
Mauro Cid foi preso no dia 3 de maio em uma investigação da Polícia Federal (PF) que investiga a inserção dados falsos de vacinação contra a COVID-19 nos sistemas do Ministério da Saúde, mas também está envolvido no caso das joias.
Ontem, na CPI do Distrito Federal, Cid novamente optou por ficar em silêncio.