O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou, nesta sexta-feira (25/8), o programa em parceria com a Angola para o desenvolvimento da agricultura, além de outras áreas. Lula discursou à imprensa antes de firmar os acordos de cooperação entre os dois países e disse que a parceria marcava "o retorno do Brasil à África".
"Nos últimos, lamentavelmente o Brasil tratou os países africanos com indiferença. Pela primeira vez, desde a redemocratização, tivemos um presidente que não fez nenhuma visita à África e a cooperação foi abandonada. Deixamos de atuar juntos, mas, agora, vamos corrigir esses erros", disse Lula, em coletiva de imprensa, ao lado do presidente angolano, João Lourenço.
O presidente Lula também destacou a propriedade do Brasil em cooperar com a agricultura do país africano. "O presidente angolano me disse que agora a prioridade é fazer uma revolução agrícula no pais, para garantir o crescimento econômico e a segurança alimentar da população angolana. O brasil, nesse aspecto, é o parceiro ideal. Enfrentamos desafios semelhantes. Hoje temos conhecimentos tecnológicos e políticas públicas para compartilhar com a Angola", disse Lula.
Lula na Angola
Lula está em Luanda, capital da Angola, onde cumpre agenda oficial de dois dias, para estreitar as parcerias entre os dois países. Na manhã desta sexta-feira, Lula se encontrou o presidente angolano e foi condecorado com a Grande Ordem António Agostinho Neto. A homenagem é atribuída a nacionais e estrangeiros, em particular, a chefes de Estado e de governo ou a líderes políticos.
"É muito honroso, para um homem que faz política há 50 anos, aos 77 anos, receber uma condecoração que leva o nome de Antônio Agostinho Neto", disse Lula, lembrando que o líder político liderou a luta pela independência de Angola. "Vou carregar essa medalha com o compromisso de que quem tem uma causa não pode parar de lutar", destacou o presidente.
"Com essa honraria e essa medalha no peito, alimentado pela inteligência e pelo pensamento revolucionário de Agostinho Neto, eu espero conseguir convencer a humanidade a se indignar contra a desigualdade", disse Lula.