"As pedaladas fiscais aconteceram sim, foram condenadas pelo TCU, talvez tenham sido a principal causa do estelionato eleitoral, que foi a vitória na reeleição de Dilma, mas elas em nada tiveram a ver com o processo de impeachment. Não deixem de ler o livro “Tchau, querida”", disse o político, neste domingo (27/8), em sua conta em uma rede social.
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Cunha se manifestou após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dizer que é preciso uma reparação à Dilma pois ela "foi julgada por uma coisa que não aconteceu". Após a fala, Cunha questionou ironicamente se Lula irá revogar os decretos de execução orçamentária. "Na verdade o impeachment de Dilma se deu pela edição de decretos de execução orçamentária sem autorização do Congresso Nacional. Será que Lula vai conseguir revogar esses decretos? E se o fizer tem efeito retroativo um decreto que já teve a consequência efetivada?", disse.
Pedaladas questionadas
O comentário do ex-presidente da Câmara tem como cenário a manutenção do arquivamento do processo que acusa Dilma Rousseff de improbidade administrativa por causa das pedaladas fiscais. Essa decisão foi tomada na segunda-feira (21/8), pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1).
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Essas acusações, arquivadas pelo tribunal, serviram como base jurídica para a execução do impeachment, em 2016. A decisão do TRF também beneficia o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, o ex-presidente do Banco do Brasil Aldemir Bendine, o ex-secretário do Tesouro Arno Augustin e o ex-presidente do BNDES Luciano Coutinho.
Lula defende "reparação" a Dilma
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também comentou a decisão do TRF-1. Ele afirmou, em viagem a Angola, se preciso iniciar uma discussão sobre como reparar a ex-presidente Dilma, porque segundo ele, ela "foi julgada por uma coisa que não aconteceu".
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"A Justiça Federal em Brasília absolveu a companheira Dilma da acusação da pedalada, a Dilma foi absolvida, e eu agora vou discutir como que a gente vai fazer. Não dá para reparar os direitos políticos, porque se ela quiser voltar para ser presidente, eu quero terminar o meu mandato", brincou Lula.
Atualmente, Dilma preside o Banco do Brics.