O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou, nesta terça-feira (29/8), a criação do Ministério da Pequena e Média Empresa, sendo a 38ª pasta do atual governo. O anúncio acontece em meio às discussões sobre reforma ministerial para abrigar o Centrão.
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Lula divulgou a informação ao ser questionado sobre o desenvolvimento e a geração de empregos. O presidente destacou a importância dos empregos com carteira assinada, mas disse que muitos brasileiros desejam ser empreendedores e, por isso, a necessidade de um ministério para tratar de políticas públicas para esse público.
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O presidente afirmou que é preciso dar condições para que os empreendedores tenham acesso à financiamentos para impulsionar seus negócios. "O cara que quer empreender é um trabalhador. Ele tem que ser levado em conta, ele quer cuidar da sua família, isso é muito bom para o país", disse Lula.
"Eu quero valorizar muito os empreendedores individuais, quero valorizar muito as cooperativas e quero valorizar muito a pequena e média empresa porque elas geram 60% ou 70% do emprego deste país", concluiu o presidente.
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Em 2013 a presidenta Dilma Rousseff teve um ministério similar, a Secretaria da Micro e Pequena Empresa, na época Guilherme Afif Domingos (PSD) foi nomeado ministro.
Aceno ao Centrão
A nova pasta ajudaria a solucionar o impasse do Centrao com o governo, uma vez que já há confirmação da entrada dos deputados André Fufuca (PP-MA) e Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) no governo há pelo menos um mês, mas ainda sem sinal de onde eles serão alocados.
Até agora, Lula fez apenas uma troca em seu governo, no Ministério do Turismo, com a saída de Daniela Carneiro (União-RJ) e a entrada de Celso Sabino (União-PA). A mudança ocorreu pelo pedido de Daniela na Justiça Eleitoral para ir para o Republicanos.
Lula disse na entrevista que deve visitar São Paulo e Minas Gerais na próxima semana e pretende negociar investimentos com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), aliado esquecido do bolsonarismo, em outro aceno ao Centrão.
“Vamos fazer um ato, vamos tentar a participação do governo do estado. Se quiser participar, se não quiser participar, a gente fará o ato do mesmo jeito. Mas, como nós somos civilizados, nós vamos fazer e convocar o governador, porque é importante ele estar, porque os compromissos que vamos assumir é com ele também”, disse Lula.
Segundo o presidente, o governo federal pode ajudar, por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), nas obras da ferrovia entre Campinas e a capital paulista.
“Se vamos emprestar dinheiro do governo federal, do BNDES, para fazer a ferrovia Campinas-São Paulo, nós queremos que o governador esteja presente, afinal de contas é o estado de São Paulo que vai fazer”, observou.