A confusão começou após uma assessora do gabinete da deputada Macaé Evaristo (PT) alegar que os deputados que votaram contra uma emenda proposta por Ulysses, com o objetivo de combater qualquer forma de descriminação de gênero em aspectos relativos à raça, cor, etnia e classe social, seriam “racistas” e “fascistas”, incluindo a deputada Chiara Biondini (PP).
A parlamentar se sentiu ofendida e acionou a Polícia Legislativa para retirar a assessora do local e registrar um boletim de ocorrência. Macaé desautorizou as falas da assessora e disse ter sido pega de surpresa com o ocorrido. A petista ainda prestou solidariedade à deputada Biondini e afirmou que vai pesquisar quais são as sanções previstas para adotar a ação cabível.
O deputado Coronel Sandro foi ao microfone do plenário, após a confusão, prestar solidariedade à aliada e criticar a ausência de outras deputadas de esquerda, classificando o episódio como um destaque negativo.
“Agressão por ela ser defensora de uma pauta que a esquerda não concorda. Ela tem o direito de expressar sua opinião. Foi agredida por uma assessora, por uma mulher, no dia que aprovamos um projeto contra a violência contra a mulher. (...) Cadê o mexeu com uma, mexeu com todas? Cadê aquelas que estavam no plenário defendendo o projeto? Cadê as mulheres de esquerda?”, disse.
Ulysses Gomes foi ao microfone prestar solidariedade à deputada Chiara e cobrar providências, mas criticou a fala de Sandro e o chamou de “babaca”. “Em nome do bloco Democracia e Luta, quero manifestar solidariedade a deputada em um dia que essa situação não poderia ocorrer. Não posso usar outra palavra, mas repudiar um tipo de teatro em torno disso. Inaceitável deputado (Sandro). Vossa Excelência não tem o direito de dizer o que deve ou não ser feito aqui. Pare com esse cinismo e oportunismo barato”, disse.
Ao Estado de Minas, Coronel Sandro afirmou que foi um dia de debates acalorados. “O único ponto fora da curva foi que o deputado me ofendeu, mas foram ofensas trocadas. Apenas isso. Dou o assunto como resolvido”, disse.
Em nota, Macáe afirmou que a pede desculpas pelo ocorrido e afirma que tomará as providências cabíveis, dentro do que prevê o Regimento Interno para essas situações. Macaé desconhecia que a funcionária estava no local, e não solicitou a entrada dela.
Em nota, Macáe afirmou que a pede desculpas pelo ocorrido e afirma que tomará as providências cabíveis, dentro do que prevê o Regimento Interno para essas situações. Macaé desconhecia que a funcionária estava no local, e não solicitou a entrada dela.
A reportagem também procurou o deputado Ulysses, mas não obteve retorno até o fechamento da matéria.