Jornal Estado de Minas

RECUPERAÇÃO FISCAL

Petistas rebatem marido de prefeita que defendeu o RRF proposto por Zema

Os deputados estaduais Ulysses Gomes (PT) e Cristiano Silveira (PT), líder da oposição na Assembleia Legislativa (ALMG) e presidente do PT em Minas Gerais, respectivamente, rebateram a fala do economista José Prata de Araujo, marido da prefeita de Contagem, na Grande BH, Marília Campos (PT), e militante do partido, que defendeu o Regime de Recuperação Fiscal (RRF) proposto pelo governador Romeu Zema (Novo).





Durante a plenária do PT Contagem, que definiu a candidatura de Marília Campos à reeleição da prefeitura, neste Sábado (2/9), José Prata havia classificado o RRF como “regime de recuperação do Lula” e que o partido errava ao fazer oposição na ALMG.

“Tem companheiro que não está compreendendo a gravidade do Regime de Recuperação Fiscal para Minas Gerais. O companheiro Prata fez uma fala que me preocupou muito. O modelo que estava colocado era aquele que ia colocar a conta pesada nos servidores, a conta pesada nas políticas públicas. O governo federal nos ouviu e a secretaria nacional do tesouro está redirecionando os condicionantes do regime e isso será discutido no Congresso Nacional”, disse Cristiano Silveira

O bloco “Democracia e Luta”, oposição a Zema, argumenta que o regime é danoso ao funcionalismo público pois congelaria salários e carreiras e colocaria em risco as empresas estatais. Ulysses ressaltou em discurso que o RRF é proposto pelo governador desde o início do primeiro mandato de Zema (2019) e que seria uma luta constante dos parlamentares.

“Acaba com o direito do servidor, diminuindo consequentemente as políticas públicas e acaba com o direito daqueles que mais precisam do estado. A nossa luta é constante, permanente e consciente contra o Regime de Recuperação Fiscal. Tenho certeza que o governo Lula vai rever as condições da proposta”, disse o deputado Ulysses Gomes.

Por outro lado, o Governo Zema afirma que o RRF é fundamental para uma “política de planejamento fiscal segura”, e que preserva o pagamento da remuneração dos servidores e fornecedores do estado, além de garantir o repasse de tributos aos municípios.