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Votação: Lira obriga presença de deputados nesta segunda-feira

Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), editou ato que obriga a presença dos parlamentares da Casa nas sessões e reuniões deliberativas


03/09/2023 15:30 - atualizado 03/09/2023 16:16
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Lira
Presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), pretende votar nesta semana o projeto de lei sobre o Desenrola Brasil (foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), editou um ato que obriga a presença dos parlamentares da Casa nas sessões e reuniões deliberativas convocadas para a próxima segunda-feira (4).

A medida, de acordo com o ato, é para "otimizar os trabalhos e permitir a deliberação de pautas de alta relevância para o país".

O presidente da Câmara pretende votar nesta semana o projeto de lei sobre o Desenrola Brasil, programa de renegociação de dívidas lançado pelo governo petista, em tramitação na Casa. A análise, porém, depende da reunião do colégio de líderes, que deve ocorrer na segunda-feira à noite.

O objetivo de Lira com o ato seria garantir a presença dos deputados numa semana que será mais curta, por causa do feriado do dia 7 de setembro, e agilizar a pauta da Câmara.

Nas segundas-feiras, as sessões costumam ser híbridas e os parlamentares podem registrar o ponto de forma remota e votar nas matérias pelo aplicativo da Câmara.

Leia: CPI do MST: Lira anula convocação para depoimento de ministro da Casa Civil.
 

Segundo o texto de Lira, o registro biométrico será dispensado nas sessões e reuniões deliberativas convocadas para segundas e sextas-feiras, exceto nas do dia 4.

O parlamentar havia dito que, caso o relatório do deputado Alencar Santana (PT-SP) fosse "suficiente", a matéria poderia ser votada nos próximos dias pela Casa.

No relatório, o deputado Alencar Santana (PT-SP) estipulou um prazo de 90 dias para que as instituições financeiras definam, por autorregulação, um patamar menor de juros para o rotativo do cartão de crédito e para o crédito parcelado. O texto não aborda o parcelamento sem juros.

Pelo relatório, se as instituições não chegarem a uma solução, será aplicável um teto que limita a dívida do dono do cartão de crédito ao dobro do montante original.

O deputado afirmou à imprensa que não é intenção do Congresso nem do governo intervir na economia do país estipulando o percentual mensal de juros a ser cobrado. "Nós esperamos que o setor se autorregule, que o setor apresente uma proposta, que demonstre a sua boa vontade", disse.

 

A taxa média de juros no rotativo do cartão de crédito cobrada pelos bancos de pessoas físicas subiu em julho para 445,7% ao ano, segundo dados do Banco Central divulgados na segunda-feira (28).


Leia: Declaração de Haddad causa ruído com Lira

Houve uma elevação de 8,7 pontos percentuais na comparação com junho, quando o juro estava em 437% ao ano. No mês passado, a inadimplência na linha de crédito mais cara do mercado atingiu 49,5%.

O rotativo do cartão de crédito vem sendo alvo de uma intensa disputa entre representantes de bancos, varejo e diferentes setores do mercado de cartões e tema de negociações com o governo Lula (PT), o BC e o Congresso Nacional.


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