O senador Sergio Moro (União-PR) rebateu a decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), que, nesta quarta-feira (6/9), anulou os acordos de leniência da empreiteira Odebrecht com a operação Lava Jato e classificou a prisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como um dos maiores “erros jurídicos da história”.
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A decisão de Toffoli ainda descreve as provas obtidas pelos sistemas Drousy e MyWebDay, usados na comunicação interna e na contabilidade de pagamento indevidos da empreiteira, como imprestáveis em qualquer âmbito ou jurisdição.
Ele ainda escreve que se tratou de uma “armação”. “Fruto de um projeto de poder de determinados agentes públicos em seu objetivo de conquista do Estado por meios aparentemente legais, mas com métodos e ações contra legem”, escreve.
Após atuação de Moro na Lava-Jato, o ex-juiz virou Ministro da Justiça do governo de Jair Bolsonaro (PL), tentou se cacifar para a presidência da República, mas foi eleito ao Senado.
Em resposta a decisão de Toffoli, a Advocacia Geral da União (AGU) vai abrir um processo administrativo contra os procuradores da Lava Jato e o ex-juiz. O ministro da AGU, Jorge Messias, cotado para a vaga no STF que será aberta com a aposentadoria de Rosa Weber, afirma que “uma vez reconhecidos os danos causados, os desvios funcionais serão apurados, tudo nos exatos termos do que foi decidido pelo Supremo Tribunal Federal”, disse.