A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), celebrou a decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), que anulou as provas do acordo de leniência da Odebrecht na Lava Jato, nesta quarta-feira (6/9).
A parlamentar classificou a decisão como “exemplar” e que estaria confirmando a “farsa da Lava Jato”. “Cedo ou tarde a verdade sempre vence. Os que mentiram, falsificaram provas, arrancaram depoimentos à força terão, agora, de responder por seus crimes. A história segue restabelecendo a Justiça sobre a maior armação judicial e midiática que já se fez contra um grande líder”, disse.
Decisão exemplar do ministro Toffoli confirma o q sempre dissemos sobre a farsa da Lava Jato. Cedo ou tarde a verdade sempre vence. Os q mentiram, falsificaram provas, arrancaram depoimentos à força terão, agora, de responder por seus crimes. A história segue restabelecendo a...
%u2014 Gleisi Hoffmann (@gleisi) September 6, 2023
Toffoli descreveu as provas obtidas pelos sistemas Drousy e MyWebDay, usados na comunicação interna e na contabilidade de pagamento indevidos da empreiteira, como imprestáveis em qualquer âmbito ou jurisdição. Em acenos ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o magistrado ainda afirmou que a prisão do petista foi um dos maiores “erros judiciários da história do país”.
“Na verdade, foi muito pior. Tratou-se de uma armação fruto de um projeto de poder de determinados agentes públicos em seu objetivo de conquista do Estado por meios aparentemente legais, mas com métodos e ações contra legem (contra a lei). Digo, sem medo de errar, foi o verdadeiro ovo da serpente dos ataques à democracia e às instituições que já se prenunciavam em ações e vozes desses agentes contra as instituições e ao próprio STF”, escreve Toffoli.
O ministro ainda conclui dizendo que autoridades agiram em desvio de função, agindo em conluio para atingir alvos específicos. Toffoli deu dez dias para que todas as provas da Operação Lava Jato, ainda em poder da 13º Vara Federal em Curitiba, sejam enviadas ao Supremo.
O magistrado ainda determinou que se identifiquem quais autoridades participaram dos trâmites para o acordo de leniência da Odebrecht e que sejam tomadas medidas administrativas e penais contra os envolvidos.