Jornal Estado de Minas

CÂMARA

Mateus Simões diz que governo não se envolve em cassação de Gabriel Azevedo

O governador em exercício Mateus Simões (Novo), ex-vereador na capital mineira, disse nesta quinta-feira (7/9), após o desfile de 7 de Setembro, que assiste à disputa envolvendo o presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH), vereador Gabriel Azevedo (sem partido), e o secretário de estado da Casa Civil, Marcelo Aro (PP), com “distanciamento de quem não pertence à discussão que está sendo travada”.





 

Simões contou que foi professor de Direito dos dois e que desde essa época eles já disputavam politicamente. “O governo do estado não se envolve diretamente nisso”, afirmou Simões, que assumiu interinamente o cargo, pois o governador Romeu Zema (Novo) está em viagem oficial para a Itália.


Azevedo acusa Aro de estar por trás das articulações pela cassação de seu mandato. O processo contra ele fio aberto na segunda-feira (4/9) com o apoio de 26 dos 41 vereadores. O secretário nega.


Simões também foi econômico nas palavras ao comentar a ausência do prefeito Fuad Nomam (PSD). A presença do prefeito estava confirmada, mas ele não compareceu e mandou como representante o secretário municipal de Segurança e Prevenção, Genilson Zeferino.



Caso tivesse comparecido, Fuad teria que ficar ao lado de Azevedo, seu principal adversário na CMBH.

Desde que foi aberto um pedido de cassação do mandato de Gabriel Azevedo, ele tenta se reunir com o prefeito para tratar do assunto, mas o chefe do Exectuivo tem ignorado os pedidos de audiência feitos pelo presidente da CMBH publicamente e por ofício.

Azevedo também acusa o prefeito de pressionar os vereadores para cassar seu mandato. Fuad não comenta as críticas.

 

Simões comentou ainda a tranquilidade com que transcorreu o desfile de 7 de Setembro, em comemoração aos 201 anos da Independência do Brasil, na manhã desta quinta-feira, na avenida Afonso Pena.

'Bom civismo'


Segundo ele, "foi um exemplo muito bom de civismo", principalmente neste momento de acirramento político que o Brasil tem atravessado. Simões também disse ter ficado feliz com a participação da população e defendeu que, no desfile do ano que vem, as pessoas possam acompanhar de perto à solenidade.