O presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH), Gabriel Azevedo (sem partido), nomeou nesta quinta-feira (7/9) o advogado e ex-presidente do Cruzeiro, Sérgio Santos Rodrigues (Podemos), para o cargo de assessor técnico especializado do legislativo municipal.
O objetivo dessa nomeação seria abrir o diálogo com os próprios colegas e com a classe política. Ameaçado de cassação, Azevedo estaria isolado e sem acesso aos colegas vereadores e à classe política, que têm evitado dialogar com o presidente temendo ser gravada ou ter as conversas de bastidores reveladas publicamente. Azevedo também tem colecionado adversários devido ao seu comportamento, considerado “agressivo e brigão” pelos vereadores.
Leia Mais
Mateus Simões diz que governo não se envolve em cassação de Gabriel AzevedoBH: Fuad não participa de desfile do 7 setembro; Gabriel Azevedo comparecePodendo ser cassado, Gabriel Azevedo quer se reunir com prefeito Fuad NomanGabriel encerra sessão em segundos e impede votação de seu afastamento Câmara de BH: Processo de cassação vira disputa acirrada por votoDefesa de Mauro Cid pede liberdade provisória a MoraesAna Moser diz ver 'abandono do esporte' com sua demissão de MinistérioSantos Rodrigues já defendeu dois ex-vereadores que sofreram processos de perda de mandato na CMBH: Wellington Magalhães, que foi cassado, e Leó Burguês, que renunciou antes de perder o mandato para não ficar inelegível. Ele também é próximo ao senador Rodigo Pacheco (PSD) do mesmo partido do prefeito Fuad Nomam. Desde que seu pedido de cassação começou a tramitar, Azevedo tenta se encontrar com o prefeito e já fez, sem sucesso, apelos nesse sentido.
Em nota enviada à imprensa, Azevedo informou que a função de Santos Rodrigues será acompanhar e fiscalizar contratos e destacou o currículo do nomeado. “Trata-se de um cargo de confiança, que exige um bom currículo. Ele é confiável e possui uma excelente qualificação”, respondeu o vereador ao ser questionado se a função do recém nomeado seria mesmo de fazer a interlocução com seus pares e com a classe política para barrar seu processo de cassação.
O pedido de perda de mandato tem que tramitar em até 90 dias. A relatora será a vereadora Professor Marli (PP), escolhida por sorteio para compor a comissão que vai analisar o pedido. A vereadora é mãe do secretário da Casa Civil, Marcelo Aro (PP), acusado por Azevedo de estar por trás de seu processo de cassação.