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Estado de Minas JOIAS

Michelle Bolsonaro chora em culto e se diz traída

Esposa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) chorou durante culto evangélico, disse se sentir traída por colegas e alegou perseguição


09/09/2023 13:40 - atualizado 10/09/2023 16:38
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A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) discursou durante um culto evangélico em Taguatinga (DF), na noite dessa quinta-feira (7/9), dizendo que ela e seu marido, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), estão sendo “perseguidos e injustiçados”. Enrolada em uma bandeira do Brasil, ela chorou e disse que se sente traída por antigos aliados.

O evento foi acompanhado por Bolsonaro e outros parlamentares do Partido Liberal (PL). Horas antes, a Polícia Federal (PF) havia aceitado firmar um acordo de delação premiada com o tenente-coronel Mauro Cid, ex-braço direito do ex-presidente. “Como dói, irmãos, ver que muitos que falavam que comungavam da nossa mesma fé compactuam com tudo aquilo que vai na contramão dos valores específicos do nosso Deus", disse.


Jair Bolsonaro e Michelle
Jair Bolsonaro e Michelle são investigados no esquema de venda ilegal de joias da União (foto: EVARISTO SA/AFP )
“Eles vão nos atacar, o Senhor não nos prometeu que seria fácil. O Senhor falou que seríamos perseguidos, todos aqueles que tivessem Cristo como Senhor e salvador seriam perseguidos. E nós estamos sendo perseguidos e injustiçados", disse Michelle Bolsonaro aos prantos.

O antigo casal presidencial é investigado em um suposto esquema de venda ilegal de presentes recebidos em compromissos oficiais - joias sauditas avaliadas em milhões de reais. Segundo a legislação, os itens luxuosos são pertences da União e não personalíssimos, por tanto, a venda caracteriza enriquecimento ilícito.

No fim de agosto, pessoas do entorno de Bolsonaro prestaram depoimento à PF sobre o caso. Foram ouvidos, além de Mauro Cid, os advogados Frederick Wassef, Fábio Wajngarten, os ex-ajudantes Osmar Crivellati e Marcelo Câmara, e o general da reserva Mauro Lourena Cid. Michelle e o ex-presidente ficaram em silêncio, alegando que o STF não tem competência para julgar o caso que deveria ser enviado à primeira instância.


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