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Lula defende mudanças na ONU e no Banco Mundial ao assumir o G20

Presidente afirma que Brasil vai trabalhar para incluir novos países no Conselho de Segurança da ONU e resolver a dívida dos países pobres


10/09/2023 11:50 - atualizado 10/09/2023 11:58
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Lula batendo o martelo do G20
Brasil assumiu a presidência do G20 até novembro de 2024 (foto: Ricardo Stuckert/PR)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a defender mudanças no sistema de governança global e disse que essa será uma das prioridades do Brasil na presidência do G20, grupo das vinte maiores economias do mundo. Na reunião que encerrou a 18º  Cúpula de Chefes de Governo e Estado, neste domingo (10/9), em Nova Délhi, na Índia, o brasileiro afirmou que é preciso incluir os países emergentes no debate internacional.

“Queremos maior participação dos países emergentes nas decisões do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional. A insustentável dívida externa dos países mais pobres precisa ser equacionada”, disse.

Lula ainda afirmou que é preciso incluir novos países no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). O presidente defende que o Brasil tenha uma vaga permanente no grupo e tem buscado apoio de membros como os Estados Unidos e a China.

“Para recuperar sua força política, o Conselho de Segurança da ONU precisa contar com a presença de novos países em desenvolvimento entre seus membros permanentes e não permanentes. A comunidade internacional olha para nós com esperança, porque reunimos no G20 economias de países emergentes e países desenvolvidos”, disse Lula.

O mandato brasileiro no G20 vai até novembro de 2024. A agenda do G20 será implementada pelo governo brasileiro com apoio da Índia, última ocupante do cargo, e da África do Sul, que assume a presidência do bloco em 2025. A 19º Cúpula de chefes de estado está prevista para os dias 18 e 19 de novembro de 2024, no Rio de Janeiro.

Lula afirma que a presidência brasileira ainda terá outras duas prioridades além da reforma na governança global. Também serão os focos do grupo a inclusão social, o combate à fome, a transição energética e o desenvolvimento sustentável.

“Precisamos redobrar os esforços para alcançar a meta de acabar com a fome no mundo até 2030, caso contrário estaremos diante do maior fracasso multilateral dos últimos anos. Agir para combater a mudança do clima exige vontade política e determinação dos governantes e também recursos e transferência de tecnologia”, disse Lula.

O presidente brasileiro ainda contou que serão criadas duas forças-tarefas: a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza; e a Mobilização Global contra a Mudança do Clima.


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