“Um grupo difuso e descoordenado de manifestantes, vários deles motoboys, ambulantes, entregadores, prestadores de pequenos serviços, aposentados, donas de casa, não teria qualquer condição de atuar na concepção deste crime”, disse Nunes Marques.
Na sessão desta quinta-feira (14/9), Gilmar Mendes comentou o voto do colega e lembrou que o plenário da Suprema Corte foi destruído. “Ainda ontem vi essa consideração sobre o passeio no parque. Jamais houve passeio no parque. Não se tratava de passeio no parque, ministro Kassio. Nem de um incidente. A cadeira que o senhor está sentado estava lá na rua, no dia da invasão”, disse o ministro decano do STF.
Kassio, no entanto, rebateu e disse que não usou a expressão “passeio no parque” durante o seu voto.
Aécio Lúcio foi condenado a 17 anos de prisão por cinco crimes, incluindo tentativa de golpe de Estado. Sete ministros seguiram o entendimento de Moares, sendo que Zanin sugeriu uma pena de 15 anos.
O réu foi considerado culpado por golpe de Estado, deterioração de patrimônio público tombado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e associação criminosa. Os ministros Luís Roberto Barroso, André Mendonça e Nunes Marques defenderam a absolvição parcial.