O evento "Brasil em Foco: Mais Verde e Comprometido com o Desenvolvimento Sustentável" contou com diversas autoridades, como o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), além de empresários e investidores para discutir negócios focados em um desenvolvimento sustentável.
Pacheco ressaltou que o país tem uma “oportunidade ímpar” de contribuir com um esforço global pelo meio ambiente. "O contexto atual se apresenta de uma forma muito particular ao Brasil e não resta dúvida de que há um compromisso sério, real e efetivo dos agentes públicos e políticos com o desenvolvimento sustentável do nosso país", afirmou Pacheco, que ainda defendeu a proteção dos biomas e o combate às queimadas ilegais como prioritários para a preservação de florestas.
“Nossa cobertura florestal recobre uma área maior que a soma de todos os países da União Europeia. O potencial de absorção de carbono, capacidade reguladora da temperatura e seu papel na regulação dos ciclos hidrológicos fazem de nossas florestas um recurso fundamental, absolutamente indispensável, na mitigação dos efeitos das mudanças climáticas. Combater o desmatamento ilegal dos nossos biomas afigura-se como incumbência primordial", afirmou o senador.
Pacheco também citou duas medidas que o Congresso tem trabalhado em prol do meio ambiente. Primeiro, a regulamentação do mercado de carbono, atualmente em tramitação no Senado Federal, que deve criar incentivos para as empresas que reduzam a emissão de CO². Em segundo lugar, a regulamentação dos bioinsumos, aprovada na Comissão de Meio Ambiente no último dia 13 de setembro.
Por outro lado, o presidente do Congresso voltou a enfatizar que é preciso planejamento de obras estruturantes para que as atividades urbanas não causem impacto negativo nas florestas, além de defender uma preservação ambiental alinhada com o desenvolvimento econômico.
“A questãom, hoje, é como preservar o meio ambiente sem perpetuar desigualdades econômicas e sociais, na cidade e no meio rural, sem condenar partes do país à estagnação e à permanência na pobreza. E essas definições devem emergir da conversação civil, do diálogo institucional e social que se estabelece nos parlamentos”, reforçou Pacheco.
O discurso do senador, buscando alinhar o ambientalismo com o desenvolvimento, não é novo. No ínicio do mês, em Washington, também nos EUA, ele disse que não se pode “permitir o radicalismo do explorador voraz e irresponsável, nem o ambientalismo intransigente”, ainda exaltando o protagonismo do poder Legislativo no tema.
O senador acompanha a comitiva do presidente Lula durante compromissos nos Estados Unidos, onde o chefe do Executivo abre a Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) nesta terça-feira (19/9). Além de Pacheco e Lira, participaram do evento o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT); a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva (Rede); a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck; e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD-MG).