“Nós desejamos muito que tudo seja absolutamente esclarecido. Precisamos destes nomes. Evidentemente, que constrange esse ambiente em que a gente vive, essa aura de suspensão coletiva nos incomoda, mas essas coisas que saíram hoje relativas ao governo passado, a Comandantes passados. Não mexe com ninguém que está na ativa”, comentou Múcio.
O ministro ressaltou que não teve acesso ao conteúdo da delação premiada do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e que pedirá para ter acesso a informações envolvendo militares na delação de Cid.
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“Quando o hacker (Walter Delgatti) disse que havia estado aqui com quatro ou cinco pessoas, eu fiz um ofício, mandei para o doutor Andrei (Rodrigues, diretor-geral da Polícia Federal), ele disse que isso estava sob segredo de Justiça, fiz um ofício para o ministro Alexandre (de Moraes, do Supremo Tribunal Federal). De maneira que eu vivo das informações que vocês da imprensa divulgam de manhã cedo”, observou o ministro.
Múcio voltou a enfatizar que um golpe de Estado “não interessou em momento nenhum as Forças Armadas". São atitudes isoladas de componentes das Forças, mas o Exército, a Marinha e a Aeronáutica, devemos a eles a manutenção da nossa democracia”.
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Mauro Cid falou em sua colaboração à PF que Bolsonaro teria se reunido com a cúpula das Forças e com ministros militares, após o segundo turno das eleições do ano passado, para debater uma possível intervenção militar no Brasil. De acordo com a colunista Bela Megale, do jornal O Globo, o então comandante da Marinha, o almirante Almir Garnier Santos, teria sido favorável à proposta, mas os demais militares não aderiram à trama golpista.
No encontro, Bolsonaro tratou de uma “minuta golpista”, que detalhava o afastamento de autoridades, por exemplo. Não se sabe, no entanto, se o plano se trata da minuta encontrada na residência do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, ou daquela encontrada durante perícia no celular de Mauro Cid.