O próximo presidente do partido Novo em Minas Gerais, Christopher Laguna, toma posse amanhã, em Belo Horizonte, com a missão de aumentar a representação no estado nas eleições municipais de 2024. “O nosso objetivo é ter candidatos à prefeitura em 150 a 200 cidades e eleger de 15 a 20 prefeitos, além de 50 a 60 vereadores”, declarou em entrevista ao Estado de Minas.
Laguna vai substituir Ronnye Antunes e terá ao seu lado, na nova mesa-diretora, os colegas Daniel Saffran, Eliane Turra, Fabricio Lima, Frederico Miana e Selma Dias. A cerimônia de posse do diretório estadual terá a presença dos dois principais nomes da sigla, o governador Romeu Zema (Novo) e o vice-governador Mateus Simões (Novo).
Questionado sobre a consequência do resultado do partido em 2022, quando não alcançou a chamada cláusula de barreira - que permite acesso ao horário eleitoral gratuito e a recursos do fundo partidário - Laguna afirmou que, ao contrário de outras siglas, o Novo consegue compensar o prejuízo por meio de recursos arrecadados ao longo dos últimos anos. O partido é conhecido por não gastar o fundo partidário e eleitoral.
“A gente discutiu muito isso no partido quando acabou a eleição e a gente viu que nós não atingimos a cláusula de barreira, só que como o Novo não usa o fundo partidário e o fundo eleitoral, tudo que a gente recebeu foi guardado e investido. Hoje, o diretório estadual e o diretório nacional usam os juros do fundo - em torno de R$ 100 milhões atualmente - para custear porque este dinheiro ficou capitaneado. Então, conseguimos enfrentar campanhas para frente, se a gente precisar, em uma condição boa”, declarou.
Quem é Christopher Laguna
Empresário e fundador de uma empresa de logística, Laguna é filiado ao partido Novo desde 2015 e foi candidato a vereador de Belo Horizonte nas eleições municipais de 2020, quando recebeu 1.160 votos. No mesmo ano, integrou duas turmas do programa de formação política Renova BR. “A nossa ideia partidária é de expandir o partido e conseguir montar várias comissões executivas no interior, que serão a preparação para os nossos pré-candidatos para fazermos uma boa campanha em 2024”, afirmou.
Situação do partido em Minas
“Na última eleição municipal, em 2020, a gente teve um problema que não saímos em muitas cidades. Então não chegamos a eleger prefeitos, mas devido ao trabalho que o Novo tem feito, e a gestão no estado, estão com a gente hoje o prefeito de Divinópolis, que é o Gleidson Azevedo, o de Patos de Minas, Luis Eduardo Falcão. Também temos seis vereadores, sendo três em Belo Horizonte, um em Poços de Caldas, um em Governador Valadares e um em Conquista”, comentou Laguna. Segundo ele, no momento o partido está começando a se preparar para 2024. “O nosso objetivo é ter candidatos à prefeitura em 150 a 200 cidades e eleger de 15 a 20 prefeitos, além de 50 a 60 vereadores.”
Estratégia para as eleições
“Em 2020, a gente tinha um presidente nacional que era muito conservador que, na análise política dele, não autorizou o Novo a estar saindo em mais cidades. Além disso, ele colocou critérios inatingíveis e no decorrer do trabalho a gente não conseguiu bater estas metas. Até conseguimos alcançar a meta em 19 cidades, mas decidiram que a gente sairia só em cinco”, disse Laguna, que considera que isso deixou o partido “muito vulnerável para a eleição de 2022”, pelo fato de não ter “capilaridade de trabalho”.
“Com a nova gestão nacional, a vitória do governador Zema e toda a marca que estamos construindo no Brasil, a ideia nossa é de expansão. O novo presidente nacional deu uma autonomia de trabalho enorme para nós. Também mudaram os critérios. Por exemplo, antes eu precisava de 150 filiados em uma cidade para montar uma comissão executiva, agora preciso de 3”, afirmou.
Municípios em foco
O próximo presidente do partido Novo em Minas Gerais disse que a intenção é focar para 2024 nas cidades acima de 100 mil habitantes. “Estamos analisando os pedidos que estão chegando para ver se os valores e princípios são iguais aos do Novo. Nós queremos difundir o valor liberal e a nossa filosofia de trabalho, que é esta pegada que o partido tem da direita conservadora liberal”, comentou.
Sobre o impacto de o Novo não ter alcançado a cláusula de barreira em 2022, Laguna disse que “como o Novo não usa o fundo partidário e o fundo eleitoral, tudo que a gente recebeu foi guardado e investido”. Segundo ele, “o diretório estadual e o diretório nacional usam os juros do fundo - em torno de R$ 100 milhões atualmente - para custear porque este dinheiro ficou capitaneado”.
Sobre o impacto de o Novo não ter alcançado a cláusula de barreira em 2022, Laguna disse que “como o Novo não usa o fundo partidário e o fundo eleitoral, tudo que a gente recebeu foi guardado e investido”. Segundo ele, “o diretório estadual e o diretório nacional usam os juros do fundo - em torno de R$ 100 milhões atualmente - para custear porque este dinheiro ficou capitaneado”.
Prefeitura de Belo Horizonte
Na entrevista ao Estado de Minas, Laguna comentou também sobre a campanha eleitoral em BH. “A capital é um cenário político interessante, um cenário aberto. A gente tem um prefeito que assumiu agora praticamente e que não é tão conhecido. Apesar de que vem fazendo um bom trabalho, na minha visão. Nós temos alguns players interessantes, que também podem compor conosco. O importante é a direita estar toda junto e o Novo participa desta construção da centro-direita”, disse.
Laguna comentou que tem alguns nomes em vista, internamente, como Lucas Gonzalez (ex-deputado federal), a Luísa Barreto (secretária da Seplag) e o Rodrigo Paiva (ex-candidato à PBH). “Se nós vermos que o melhor para a cidade é construir um apoio, nós faremos isto. Hoje, nós temos uma proximidade enorme com o Eduardo Costa (Cidadania) e com outros que estão com o nome em divulgação em pesquisa, como o Marcelo Aro (PP)”, afirmou.