O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), disse que "espera sabedoria" dos deputados estaduais que vão votar o Projeto de Lei (PL) 1295/2023, que fixa a cobrança do adicional de 2% no Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre produtos considerados supérfluos, passando de 25% para 27% a alíquota. Em entrevista coletiva, o governador mineiro disse que gostaria de "reduzir" o ICMS para satisfazer o povo mineiro, mas que não é possível.
"Eu gostaria, como governador, de mandar amanhã um projeto de lei que reduzisse o ICMS de tudo, para o povo mineiro ficar satisfeito. Agora, se as contas não fecharem, será que eu estaria fazendo certo? Eu lembro que o ICMS que está sendo proposto hoje é o mesmo ICMS que vigorou por cinco, seis anos, e é o mesmo ICMS que vigorou enquanto inclusive o funcionário público recebia atrasado", disparou o governador em referência ao governo antecessor.
O governador mineiro ainda pontuou que o aumento do ICMS é necessário para equilibrar as arrecadações dos municípios mineiros e do estado. "Tanto as prefeituras quanto o governo do estado estão tendo uma queda muito grande na arrecadação. O que nós estamos querendo é simplesmente voltarmos à situação anterior. Vale lembrar que nós não estamos propondo nenhum aumento sobre o que estava em vigor em 2022. Mas cabe à Assembleia Legislativa, que tem autonomia, que tem deputados que se debruçaram sobre os números, que têm pleitos de associações de entidades, analisar", declarou Zema à imprensa.
"Eu, como governador, digo que é necessário termos esses recursos para aplicarmos onde é importante", completou.