Jornal Estado de Minas

CONGRESSO NACIONAL

Movimentos pró casamento homoafetivo são barrados no plenário; veja vídeo

Em meio a confusão, a Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família (CPASF) retoma, nesta quarta-feira (27/9), a votação do PL 508/07, que trata sobre o casamento homoafetivo . Depois da sessão deliberativa da terça-feira (19/9), em que os movimentos sociais lotaram a sessão e protestaram contra o projeto, o presidente do colegiado, deputado Fernando Rodolfo (PL-PE), proibiu a entrada dos representantes da comunidade LGBTQIAP+.





 

O argumento da presidência da Comissão é de que o espaço do plenário é pequeno e não consegue comportar todas as pessoas que querem acompanhar a aprovação do projeto, por isso o acesso dos manifestantes foi barrado. Parlamentares da base do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que são contra o projeto , articulam para tentar liberar a entrada dos movimentos sociais.

O deputado Guilherme Boulos (PSol-SP), conversou com os manifestantes e tentou interferir para que eles tivessem acesso ao plenário, mas não obteve sucesso até o início da sessão, que estava marcada para as 10h de hoje, mas contava, até esta publicação, com mais de uma hora de atraso em razão desse impasse.

“Nem mais, nem menos direitos, é o que queremos”

O deputado distrital Fábio Félix (PSol-DF) também tentou interceder. Ao Correio, ele contou que foi até a Polícia Legislativa da Câmara e questionou o motivo pelo qual os manifestantes não podiam entrar. “Disseram que era por conta do espaço que é pequeno. Uma justificativa que não faz o menor sentido”, disse.



Mesmo com o acesso ao plenário limitado, os integrantes dos movimentos sociais se acumulam no corredor do Anexo II da Câmara dos Deputados e protestam contra a decisão do presidente da Comissão. “Nem mais, nem menos direitos, é o que queremos”, gritam os representantes da comunidade.

Do corredor, os movimentos se organizam para pressionar o deputados, na tentativa de barrar a aprovação do projeto. Os manifestantes abordam os parlamentares que passam por eles e pedem apoio. O PL altera o Código Civil e proíbe a equiparação das uniões homoafetivas ao casamento.