O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), recuperou popularidade digital no mês de setembro após despencar com falas consideradas xenófobas sobre o Norte e Nordeste em agosto. O índice de Popularidade Digital (IPD), calculado pela empresa de pesquisa Quaest, divulgado nesta quarta-feira (27/9), revelou que o mineiro teve uma variação positiva de 26,2 pontos em relação à última pesquisa. O levantamento mede a popularidade dos governadores nos 26 estados e no Distrito Federal.
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Duda sobre PL que proíbe união homoafetiva: 'Aberração jurídica'Racha no PT: novo capitulo na discussão do Regime de Recuperação Fiscal Minas é pioneira em lei contra violência política à mulherProjeto de Zema que eleva ICMS pode ser votado na quinta (28) em definitivoCCJ do Senado aprova projeto do marco temporal, rejeitado pelo STFApesar da gafe do último mês ao defender que os estados do Sul e Sudeste se unam para conquistar o espaço de protagonismo nacional que, segundo ele, hoje é ocupado pelos estados do Norte e Nordeste, Zema parece ter sucesso na “missão” de se beneficiar do espólio eleitorai deixados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), inelegível até 2030. “Trata-se de uma estratégia clara para se apresentar como opção viável para disputar a Presidência em 2026”, emenda Nunes.
Em setembro o governador fez uma tour pela Europa com o intuito de captar investimentos para Minas Gerais, participou de eventos para uma base eleitoral conservadora, além de sancionar leis importantes para o estado durante aparições públicas.
Apesar da possibilidade, em entrevista ao programa “EM Minas”, da TV Alterosa com o Estado de Minas e Portal UAI, Zema garantiu que não pensa em eleição e que preferia apoiar um candidato. “2026 para mim é algo muito distante. Nós ainda precisamos trazer mais investimentos e melhorar a vida do mineiro”, disse.
Por outro lado, as discussões sobre o aumento do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que incide em considerados supérfluos podem minar a popularidade de Zema no próximo levantamento. Falas recentes do governador sobre a relação com Bolsonaro também têm rendido críticas das lideranças bolsonaristas, principalmente dos filhos do ex-presidente.
Ranking IPD
- Tarcísio de Freitas (SP) - 75,6
- Eduardo Leite (RS) - 61,5
- Romeu Zema (MG) - 56,3
- Raquel Lyra (PE) - 48,9
- Helder Barbalho (PA) - 41,2
- João Azevêdo (PB) - 35,1
- Ratinho Júnior (PR) - 34,1
- Ronaldo Caiado (PR) - 32,4
- Jerônimo Rodrigues (BA) - 30,8
- Renato Casagrande (ES) - 28,7
- Jorginho Mello (SC) - 28,0
- Clécio Luís (AP) - 27,9
- Eduardo Riedel (MS) - 27,7
- Carlos Brandão (MA) - 27,1
- Rafael Fonteles (PI) - 26,3
- Elmano de Freitas (CE) - 26,0
- Cláudio Castro (RJ) - 25,8
- Mauro Mendes (MT) - 25,6
- Fátima Bezerra (RN) - 25,3
- Paulo Dantas (AL) - 24,9
- Wanderlei Barbosa (TO) - 24,6
- Ibaneis Rocha (DF) - 22,7
- Antônio Denarium (RR) - 22,7
- Gladson Cameli (AC) - 21,3
- Fábio Mitidieri (SE) - 20,5
- Wilson Lima (AM) - 20,0
- Marcos Rocha (RO) - 18,3