O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), recuperou popularidade digital no mês de setembro após despencar com falas consideradas xenófobas sobre o Norte e Nordeste em agosto. O índice de Popularidade Digital (IPD), calculado pela empresa de pesquisa Quaest, divulgado nesta quarta-feira (27/9), revelou que o mineiro teve uma variação positiva de 26,2 pontos em relação à última pesquisa. O levantamento mede a popularidade dos governadores nos 26 estados e no Distrito Federal.
terceira colocação, atrás do paulista Tarcísio de Freitas (Republicanos) e do gaúcho Eduardo Leite (PSDB). Segundo o diretor da Quaest, Felipe Nunes, o governador de Minas cresce na “esteira dos posicionamentos à direita, sem se misturar com a postura bolsonarista”.
Com 56,3 pontos, Zema se consolida na Apesar da gafe do último mês ao defender que os estados do Sul e Sudeste se unam para conquistar o espaço de protagonismo nacional que, segundo ele, hoje é ocupado pelos estados do Norte e Nordeste, Zema parece ter sucesso na “missão” de se beneficiar do espólio eleitorai deixados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), inelegível até 2030. “Trata-se de uma estratégia clara para se apresentar como opção viável para disputar a Presidência em 2026”, emenda Nunes.
Em setembro o governador fez uma tour pela Europa com o intuito de captar investimentos para Minas Gerais, participou de eventos para uma base eleitoral conservadora, além de sancionar leis importantes para o estado durante aparições públicas.
Apesar da possibilidade, em entrevista ao programa “EM Minas”, da TV Alterosa com o Estado de Minas e Portal UAI, Zema garantiu que não pensa em eleição e que preferia apoiar um candidato. “2026 para mim é algo muito distante. Nós ainda precisamos trazer mais investimentos e melhorar a vida do mineiro”, disse.
Por outro lado, as discussões sobre o aumento do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que incide em considerados supérfluos podem minar a popularidade de Zema no próximo levantamento. Falas recentes do governador sobre a relação com Bolsonaro também têm rendido críticas das lideranças bolsonaristas, principalmente dos filhos do ex-presidente.
Ranking IPD
- Tarcísio de Freitas (SP) - 75,6
- Eduardo Leite (RS) - 61,5
- Romeu Zema (MG) - 56,3
- Raquel Lyra (PE) - 48,9
- Helder Barbalho (PA) - 41,2
- João Azevêdo (PB) - 35,1
- Ratinho Júnior (PR) - 34,1
- Ronaldo Caiado (PR) - 32,4
- Jerônimo Rodrigues (BA) - 30,8
- Renato Casagrande (ES) - 28,7
- Jorginho Mello (SC) - 28,0
- Clécio Luís (AP) - 27,9
- Eduardo Riedel (MS) - 27,7
- Carlos Brandão (MA) - 27,1
- Rafael Fonteles (PI) - 26,3
- Elmano de Freitas (CE) - 26,0
- Cláudio Castro (RJ) - 25,8
- Mauro Mendes (MT) - 25,6
- Fátima Bezerra (RN) - 25,3
- Paulo Dantas (AL) - 24,9
- Wanderlei Barbosa (TO) - 24,6
- Ibaneis Rocha (DF) - 22,7
- Antônio Denarium (RR) - 22,7
- Gladson Cameli (AC) - 21,3
- Fábio Mitidieri (SE) - 20,5
- Wilson Lima (AM) - 20,0
- Marcos Rocha (RO) - 18,3