Jornal Estado de Minas
Comissão do Trabalho, da Previdência e da Assistência Social irá discutir sobre direitos humanos - Guilherme Bergamini/ALMG
ASSEMBLEIA

ALMG: audiência vai discutir violação de direitos humanos na ditadura

A Comissão do Trabalho, da Previdência e da Assistência Social da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) vai promover, nesta quinta-feira (28/9), uma audiência pública para discutir os resultados de pesquisas acadêmicas sobre a participação de empresas nas violações de direitos humanos dos trabalhadores durante o período da ditadura militar no Brasil.



Leia Mais

Fundeb: prazo para municípios mineiros fazerem registro vai até sábado Bolsonarista na CPI: 'Não sabia que patriota era golpista'CPMI de 8/1 cancela depoimento de acusado de colocar bomba em aeroportoBarroso: 'na hora decisiva, as Forças Armadas não sucumbiram ao golpismo'Fiemg trabalhou contra o aumento do ICMS de 'supérfluos', diz Flávio RoscoeFernando Pimentel volta a ser réu por improbidade administrativa
A reunião foi solicitada pelo presidente da Comissão, o deputado estadual Betão (PT), e pelo vice-presidente, o deputado estadual Celinho Sintrocel (PCdoB). Betão enfatizou a importância de contar essa história para evitar repetições. "É importante que essa história seja contada, para que não se esqueça e não se repita. E, para isso, a construção de uma memória coletiva é fundamental para que haja efetiva reparação".
O estudo, conduzido pelo Centro de Antropologia e Arqueologia Forense da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) entre os anos de 2022 e 2023, concentrou-se na atuação de pelo menos dez empresas que foram coniventes com a ditadura militar e envolvidas em violações aos direitos humanos. Algumas dessas empresas têm presença em Minas Gerais, como a Fiat Automóveis, a Belgo-Mineira e a Mannesmann.

A pesquisa, que contou com o apoio da Comissão da Verdade dos Trabalhadores e Movimento Sindical em Minas Gerais, envolveu a análise de documentação presente nos acervos históricos, bem como entrevistas com indivíduos vitimados.

Foram ouvidos funcionários, sindicalistas, militantes, comunidades indígenas, quilombolas e camponesas, conforme relatado pelo gabinete do parlamentar.