"E justiça seja feita: na hora decisiva, as Forças Armadas não sucumbiram ao golpismo", completou.
Barroso assume nesta quinta-feira (28/9) a presidência do Supremo Tribunal Federal, em substituição à ministra Rosa Weber, que completará 75 anos, idade limite para atuar na Corte.
A cerimônia de posse conta com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e dos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado, respectivamente Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Barroso assume a presidência do STF em um momento de tensão entre os Poderes Judiciário e Legislativo, com acusações de invasão de competência. Um dos principais estopins para a crise foi a colocação em pauta e a votação do marco temporal, assunto que também estava em tramitação no Congresso Nacional.
Em votação relâmpago, o plenário do Senado aprovou na quarta-feira (27/9) o projeto de lei do marco temporal para a demarcação de terras indígenas, menos de uma semana após a tese ser derrubada em decisão do STF.
Pacheco disse após a votação que se não se tratou de "revanchismo". O próprio Barroso foi acusado diversas vezes de invadir a competência de outros poderes com as suas decisões. Em abril de 2021, por exemplo, determinou a instalação da CPI da Covid no Senado, tornando-se assim um dos principais desafetos do bolsonarismo na ocasião.
Em resposta a essas críticas, Barroso tem dito que não invade competência de outros poderes, mas que o Supremo tem a obrigação de dar respostas ao ser provocado.
Natural de Vassouras, no Rio de Janeiro, ele foi indicado pela então presidente Dilma Rousseff (PT) e passou a integrar o Supremo em junho de 2013, ocupando o lugar vago deixado por Carlos Ayres Britto. Antes disso, ele já vinha sendo incluído na lista de cotados ao Tribunal.