O ato conta com a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a mulher, a ex-primeita-dama, Michelle Bolsonaro, que estão na capital mineira desde sexta-feira cumprindo uma extensa agenda política. A caminhada sairá por volta das 10h em direção à Praça Diogo Vasconcelos, na Savassi.
A marcha reúne um grupo de pessoas vestindo roupas brancas e cantando músicas religiosas e muitas bandeiras do Brasil. A descriminalização do aborto até 12 semanas é alvo de uma ação em curso no Supremo Tribunal Federal (STF).
Leia Mais
Bolsonaro: 'Foi só eu sair que veio aborto, maconha. Impressionante'BH: Câmara aprova projeto que determina publicação de dados do aborto legalSetores conservadores do Congresso aceleram ações contra aborto'Xô, Satanás': manifestantes 'varrem' bairro em BH após visita de BolsonaroBolsonaro sobre ser ex-presidente: 'As portas do inferno se abriram'Presente no evento, Andreia Rodrigues Macedo, 46 anos, enfermeira disse considerar o aborto uma injustiça contra as mulheres que sofrem para engravidar.
“Eu como enfermeira, mãe, tive dificuldade para engravidar, fiz tratamento por sete anos, fiz fertilização in vitro, lutei para ter um filho, até me emociono para falar, porque eu lutei para ter uma vida dentro de mim e eu acho uma injustiça tantas mulheres que gastam horrores em dinheiro, que sofrem, passam por depressão com a família toda lutando pela vida e vem uma ministra com essa ideia de tirar um neném do ventre de uma mãe. Tudo é vida, desde o princípio, desde a concepção”, disse a enfermeira citando a ex-presidente do STF, Rosa Weber.
Antes de se aposentar, em setembro, Weber pautou a votação da proposta de descriminalização e deu um voto favorável. No entanto, seu sucessor, o ministro Luís Roberto Barroso, já anunciou que por enquanto, não vai pautar o julgamento final, pois o assunto precisa de mais debate.