O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) escolheu discutir temas de religião, defesa da mulher e aborto durante sua passagem por Belo Horizonte no último fim de semana. Segundo o cientista político Vladimir Feijó, a intenção do ex-chefe do Planalto é reforçar pautas conservadoras para manter o apoio da base conquistada durante seu mandato.
Feijó destaca que a mobilização em torno desses temas sensíveis tende a motivar as pessoas a comparecerem e votarem, especialmente quando sentem oposição ferrenha. "Há um grupo no Brasil cada vez mais engajado com textos de escrituras sagradas, que se sente desafiado por decisões do novo governo e judiciais. Assim, a decisão de Bolsonaro parece ser consolidar o apoio já conquistado nas eleições de 2018."
Feijó destaca que a mobilização em torno desses temas sensíveis tende a motivar as pessoas a comparecerem e votarem, especialmente quando sentem oposição ferrenha. "Há um grupo no Brasil cada vez mais engajado com textos de escrituras sagradas, que se sente desafiado por decisões do novo governo e judiciais. Assim, a decisão de Bolsonaro parece ser consolidar o apoio já conquistado nas eleições de 2018."
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Apesar disso, o ex-presidente consolidou sua presença na capital mineira, participando de reuniões e atos políticos nos últimos três dias. Feijó explica que a intenção é clara: fortalecer sua imagem conservadora e cristã.
"Com seus direitos políticos suspensos e sem verba do partido para financiar sua presença, Bolsonaro tem se envolvido nos encontros do PL da Mulher, como no Ceará e agora em Minas, sob o pretexto de acompanhar Michelle. Paralelamente, aproveita para visitar igrejas e templos, tanto religiosos quanto políticos, para lançar e apoiar candidaturas", explica.
Apesar disso, o ex-presidente consolidou sua presença na capital mineira, participando de reuniões e atos políticos nos últimos três dias. Feijó explica que a intenção é clara: fortalecer sua imagem conservadora e cristã.
"Com seus direitos políticos suspensos e sem verba do partido para financiar sua presença, Bolsonaro tem se envolvido nos encontros do PL da Mulher, como no Ceará e agora em Minas, sob o pretexto de acompanhar Michelle. Paralelamente, aproveita para visitar igrejas e templos, tanto religiosos quanto políticos, para lançar e apoiar candidaturas", explica.
Nikolas pode ser alavanca
Na sexta-feira, Bolsonaro esteve na igreja do pai do deputado Nikolas Ferreira. Sobre a aliança entre o ex-presidente e o deputado federal, Vladimir explica que a ascensão de Nikolas, que se destaca nas redes sociais, é uma grande alavanca para Bolsonaro.
"Nikolas consegue dialogar com um público que Jair Bolsonaro não alcança. Além disso, a pressão pela eleição local também é um fator relevante. Com a proximidade, o nome do deputado Bruno Engler também ganha destaque. Ele tem um perfil similar ao de Nikolas, e a presença dos três juntos reforça uma possível campanha futura."
"Nikolas consegue dialogar com um público que Jair Bolsonaro não alcança. Além disso, a pressão pela eleição local também é um fator relevante. Com a proximidade, o nome do deputado Bruno Engler também ganha destaque. Ele tem um perfil similar ao de Nikolas, e a presença dos três juntos reforça uma possível campanha futura."
Disputa pela PBH
No sábado (7/10), após um encontro com o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), Bolsonaro afirmou que Engler era seu candidato à Prefeitura de Belo Horizonte. O deputado esteve ao lado do ex-presidente na maioria das agendas. Segundo Feijó, a intenção de Bolsonaro é consolidar uma base política, demonstrando coesão e capacidade de formar um apoio consistente, independentemente de esquemas ou investigações. "Apoiar Engler, assim como foi feito com Nikolas e Cleitinho, proporciona uma projeção adicional", disse.
Michelle é novo rosto
Durante a passagem em BH, Bolsonaro esteve em duas agendas de Michelle.
Na primeira, participou de uma convenção do PL Mulher, do qual Michelle é presidente nacional, acompanhada da deputada estadual Delegada Sheila, presidente estadual. Na segunda, participou da caminhada "a favor da vida e contra o aborto", uma agenda promovida também por Michelle Bolsonaro.
Em ambos os eventos, a ex-primeira-dama foi ovacionada pelo público, que pediu para que ela se tornasse candidata no futuro. Feijó observa que, embora Michelle tenha expressado por muito tempo sua relutância em assumir cargos de liderança, sua visibilidade e influência política atual a transformam em uma ponte essencial para o público mais evangélico e conservador. "Neste momento, ela possui uma proeminência e força política maior do que a do ex-presidente."