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Estado de Minas ARREPENDIMENTO

Desembargador que disse 'gravidez não é doença' pede desculpas

O desembargador disse a seguinte frase depois que uma advogada teve que se ausentar para dar à luz


11/10/2023 08:39 - atualizado 11/10/2023 08:53
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O desembargador Georgenor de Sousa Franco Filho, presidente da 4ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 8º Região, que disse durante um julgamento “gravidez não é doença, adquire-se por gosto”, veio a público pedir desculpas.

 

“Revendo novamente a filmagem, verifiquei que minha manifestação foi profundamente indelicada e infeliz, e gostaria de oferecer minhas mais sinceras desculpas não somente à Dra. Suzane Odane Teixeira Guimarães, mas a todas as Sras. Advogadas que tenham se sentido ofendidas com minhas palavras”, afirma. 

 

O caso aconteceu na terça-feira (10/10), quando, durante um julgamento da Justiça do Trabalho em Belém (PA), o desembargador disse a frase em referência a uma colega de profissão que teve que se ausentar para dar à luz.

 

homem de terno com punho levantando
O desembargador, Georgenor de Sousa Franco Filho, pediu desculpas pela frase que disse em julgamento (foto: TRT/Reprodução)
  

A advogada Suzane Odane teve o bebê em 6 de outubro e está hospitalizada desde então. A profissional havia solicitado adiamento do julgamento do processo, que tramita sob sua condução, pois o parto estava programado para essa terça. 

Leia o pedido de desculpas na íntegra 

“Na data de hoje, 10 de outubro, fui surpreendido, após o final da Sessão da 4ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região, a qual presido, com a repercussão na imprensa e redes sociais sobre intervenção minha em processo que foi a julgamento, cuja advogada havia pedido adiamento em razão de seu estado gravídico. 

 

Revendo novamente a filmagem, verifiquei que minha manifestação foi profundamente indelicada e infeliz, e gostaria de oferecer minhas mais sinceras desculpas não somente à Dra. Suzane Odane Teixeira Guimarães, mas a todas as Sras. Advogadas que tenham se sentido ofendidas com minhas palavras. 

 

Prosseguiu-se  o julgamento que seria (como foi) favorável à ilustre advogada. Limitei-me a partir de então a proclamar o resultado do julgamento, favorável aos interesses patrocinados pela D. Advogada.

 

Em mais de quarenta anos de magistratura e com a dedicação de outros mais de quarenta anos também ao magistério superior, impossível não cometer erros, mas imprescindível reconhecê-los para podermos seguir a eterna estrada do aprendizado.

 

Até mesmo em respeito às mulheres de minha vida (minha falecida mãe, minha mulher, minha filha, minha nora e minha neta), lamento profunda e sinceramente pelo ocorrido e reitero meu respeito a todas as mulheres profissionais que não medem esforços a cumprir com a difícil missão de observarem suas jornadas múltiplas.

 

Quem me conhece minimamente sabe que sou fervoroso e permanente defensor da mulher e seus direitos. Reitero-me firmemente minhas desculpas a Dra. Suzane Odane Teixeira Guimarães.

 

Cumprimento a todos os leitores deste pedido de desculpas”.

 


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