Jornal Estado de Minas
Lula publicou um comunicado ao secretário-geral da ONU, António Guterres - Ricardo Stuckert/PR
ONU

Lula pede 'intervenção humanitária' no conflito entre Israel e Hamas

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) escreveu uma carta de apelo ao secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, e à comunidade internacional, pedindo um esforço para que as crianças feitas de reféns durante a guerra entre Israel e o Hamas sejam libertas. A mensagem publicada nas redes sociais do presidente nesta quarta-feira (11/10) classifica o ato como uma “grave violação aos direitos humanos”.





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“Crianças jamais poderiam ser feitas de reféns, não importa em que lugar do mundo. É preciso que o Hamas liberte as crianças israelenses que foram sequestradas de suas famílias. É preciso que Israel cesse o bombardeio para que as crianças palestinas e suas mães deixem a Faixa de Gaza através da fronteira com o Egito. É preciso que haja um mínimo de humanidade na insanidade da guerra”, escreveu.

Lula ainda afirma que é “urgente” uma intervenção humanitária internacional no conflito e clama por um cessar-fogo “em defesa das crianças israelenses e palestinas”. Na última segunda-feira (9/10) o governo Brasileiro, na posição de presidente do Conselho de Segurança da ONU, havia condenado o ataque aos civis e defendeu a solução da separação de dois Estados.

“O Brasil, na presidência provisória do Conselho de Segurança da ONU, se juntará aos esforços para que cesse de imediato e em definitivo o conflito. E continuará trabalhando pela promoção da paz e em defesa dos direitos humanos no mundo”, completou Lula.



Já na madrugada desta quarta um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) pousou em Brasília repatriando 211 pessoas que estavam em Israel. O governo ainda tem realizado esforços para repatriar mais brasileiros, sendo que mais de 2,5 mil pessoas já pediram ajuda ao Itamaraty para sair da região.

O Brasil ainda negocia com o Egito uma forma de resgatar os brasileiros que estão em Gaza, sendo que a saída da região por Israel não seria possível. Os egípcios, no entanto, temem que ocorra um êxodo de palestinos com a abertura da fronteira.