O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), que vai concorrer à Prefeitura de São Paulo, reuniu pela primeira vez, nesta segunda-feira (16/10), os cinco partidos que integram sua coligação e ouviu do PT a promessa de que o presidente Lula (PT) fará parte da sua campanha.
Na reunião, Laércio afirmou que Lula certamente fará parte da campanha de Boulos e também será consultado quando o PT deliberar quem do partido integrará a chapa como vice. Apesar de nomes como o de Ana Estela Haddad (PT) ganharem força, Boulos e os aliados afirmaram que esse assunto só será tratado pelo grupo no ano que vem.
Boulos lidera a última pesquisa Datafolha, divulgada em agosto, com 32%. O atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), marca 24%, sendo seguido no terceiro lugar por Tabata Amaral (PSB, 11%) e Kim Kataguiri (União Brasil, 8%).
Como mostrou a Folha, a pré-candidatura do psolista foi fustigada por duas crises recentes. O deputado federal e líder do MTST foi alvo de ofensiva por causa da greve contra a privatização dos transportes e da Sabesp em São Paulo e por causa de seu posicionamento após os ataques do grupo terrorista palestino Hamas a Israel.
Acusado de endossar o Hamas por bolsonaristas, aliados de Nunes e pelo MBL (Movimento Brasil Livre), Boulos chegou a recuar e fazer um novo pronunciamento para desfazer ambiguidades pela ausência de menção à facção extremista em sua primeira manifestação a respeito da guerra.
Na avaliação de adversários, os dois episódios serviram para minar a tentativa de Boulos de formatar um perfil de moderação e diálogo e reforçaram a pecha de radical de esquerda.Questionado pela reportagem sobre as recentes crises, Boulos afirmou que não vai abrir mão de suas posições e princípios por mais que adversários criem constrangimentos a partir disso. Ele também associou Nunes ao extremismo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), de quem o prefeito busca apoio.
"Acho estranho os adversários falarem de extremismo quando falam de mim. [...] Ricardo Nunes estava com Bolsonaro hoje. Para ele, o Bolsonaro é um moderado? Uma pessoa ponderada? De paz? Não acredito que seja o que a sociedade pensa", rebateu Boulos.
"Condeno de forma veemente ataques a civis, a crianças, ataques terroristas --sejam eles feitos pelo Hamas ou pelo governo de extrema direita de Israel", disse ainda o deputado.
A reunião teve dirigentes estaduais ou municipais de PSOL, PT, PC do B, PV e Rede. Também estavam presentes os deputados estaduais Donato (PT), Paulo Fiorilo (PT) e Carlos Giannazi (PSOL). A presidente nacional do PSOL, Paula Coradi, acompanhou o encontro, realizado em um hotel na região central.
Na reunião, Laércio afirmou que Lula certamente fará parte da campanha de Boulos e também será consultado quando o PT deliberar quem do partido integrará a chapa como vice. Apesar de nomes como o de Ana Estela Haddad (PT) ganharem força, Boulos e os aliados afirmaram que esse assunto só será tratado pelo grupo no ano que vem.
Boulos lidera a última pesquisa Datafolha, divulgada em agosto, com 32%. O atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), marca 24%, sendo seguido no terceiro lugar por Tabata Amaral (PSB, 11%) e Kim Kataguiri (União Brasil, 8%).
Como mostrou a Folha, a pré-candidatura do psolista foi fustigada por duas crises recentes. O deputado federal e líder do MTST foi alvo de ofensiva por causa da greve contra a privatização dos transportes e da Sabesp em São Paulo e por causa de seu posicionamento após os ataques do grupo terrorista palestino Hamas a Israel.
Acusado de endossar o Hamas por bolsonaristas, aliados de Nunes e pelo MBL (Movimento Brasil Livre), Boulos chegou a recuar e fazer um novo pronunciamento para desfazer ambiguidades pela ausência de menção à facção extremista em sua primeira manifestação a respeito da guerra.
Na avaliação de adversários, os dois episódios serviram para minar a tentativa de Boulos de formatar um perfil de moderação e diálogo e reforçaram a pecha de radical de esquerda.Questionado pela reportagem sobre as recentes crises, Boulos afirmou que não vai abrir mão de suas posições e princípios por mais que adversários criem constrangimentos a partir disso. Ele também associou Nunes ao extremismo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), de quem o prefeito busca apoio.
"Acho estranho os adversários falarem de extremismo quando falam de mim. [...] Ricardo Nunes estava com Bolsonaro hoje. Para ele, o Bolsonaro é um moderado? Uma pessoa ponderada? De paz? Não acredito que seja o que a sociedade pensa", rebateu Boulos.
"Condeno de forma veemente ataques a civis, a crianças, ataques terroristas --sejam eles feitos pelo Hamas ou pelo governo de extrema direita de Israel", disse ainda o deputado.