Chocolates se tornaram alvos de disputa entre grupos bolsonaristas nas redes sociais. Tudo começou após a Lacta, por meio do biscoito Bis, patrocinar o influenciador Felipe Neto, na semana passada. O youtuber é crítico ferrenho do antigo governo federal e, com isso, é visto como um dos “maiores inimigos” dos simpáticos à antiga gestão. Desde então, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) começaram uma campanha pelo boicote da marca e a promover o KitKat, doce da Nestlé, que também possui placas de wafer cobertos por chocolate.
Durante o final de semana, foram diversos posts com a hashtag “Bis nunca mais”. A campanha uniu grandes nomes da direita, como o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG). O ex-presidente da Fundação Cultural Palmares Sérgio Camargo (PL-SP) fez uma série de publicações contra o chocolate Bis.
Em contrapartida, os senadores governistas Randolfe Rodrigues (Sem Partido-AP) e Humberto Costa (PT-PE) posaram com chocolates em apoio a Felipe Neto. Fãs do influenciador levantaram a tag “Corujas pedem Bis”, em referência ao nome do fandom do YouTuber.
Além das críticas ao Bis, os bolsonaristas publicaram diversas imagens divulgando o KitKat, como um vídeo em que a jornalista Janaína Xavier diz que o chocolate da Nestlé tem “gosto de infância” e é “muito melhor que o Bis”. Mas alguns internautas resgataram uma campanha de 2021 em que a marca comemora o orgulho LGBTQIAP+.
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Nas redes sociais, o KitKat faz diversas postagens exaltando a diversidade. Já a campanha da Bis segue no ar. Em comunicado à imprensa, a Lacta / Mondelez informou que “suas contratações de influenciadores estão relacionadas unicamente a sua relevância no universo gamer e de entretenimento, sem qualquer vínculo ou apoio político de qualquer natureza. Como líder no mercado de snacks no Brasil e no mundo, a Mondelez reafirma seu absoluto respeito à diversidade de opiniões”.