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Estado de Minas ATOS ANTIDEMOCRÁTICOS

Nikolas sobre relatório da CPMI: 'Cita Bolsonaro 835 vezes'

Parlamentares alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reclamam de uma suposta 'imparcialidade' da senadora Eliziane Gama


17/10/2023 17:30 - atualizado 17/10/2023 17:45
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Nikolas Ferreira
Deputado afirma que senadora foi parcial em seu relatório final (foto: Geraldo Magela/Agência Senado)
O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) reclamou do relatório apresentado na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos antidemocráticos do 8 de janeiro. O documento foi lido pela relatora, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), na manhã desta terça-feira (17/10), e a expectativa é que a votação ocorra nesta quarta (18/10).

O relatório pede o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados como o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional general Augusto Heleno e do vice-presidente da chapa de bolsonaro nas eleições de 2022, general Braga Netto.

“Todos nós já sabíamos, mas vai alguns fatos sobre o relatório 'imparcial' da Eliziane: Cita “Bolsonaro” 835 vezes; “Bolsonarista” 108 vezes; 'Bolsonarismo' 32 vezes; Omissão, G.Dias e Dino: 0 vezes”, disse Nikolas.



O protesto do parlamentar mineiro segue o tom do núcleo bolsonarista no Congresso Nacional, que reclamava do alinhamento de Eliziane Gama com o Palácio do Planalto, principalmente com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino. Os aliados do ex-presidente culpam a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por uma suposta omissão nos ataques aos Três Poderes.

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho 01 de Bolsonaro, disse que o relatório não tem credibilidade. “Assessoria do ministro Flávio Dino produziu um relatório final para Eliziane Gama 'nota sem! Sem credibilidade, sem noção, sem lula, sem Dino, sem G.Dias, sem vergonha”, disse.



Eliziane leu o relatório por quase quatro horas, em que disse que o país viveu o “maior ataque à democracia da história recente”. Ao todo, as penas para os crimes que Bolsonaro foi acusado podem chegar a 29 anos de prisão.

"As investigações aqui realizadas, os depoimentos colhidos e os documentos recebidos permitiram que chegássemos a um nome em evidência e a várias conclusões. O nome é Jair Messias Bolsonaro", afirmou.


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