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Estado de Minas BRASIL

Atos golpistas: CPMI aprova relatório que pede indiciamento de Bolsonaro

Colegiado aprovou o texto da relatora Eliziane Gama (PSD-MA), que sugeriu o indiciamento do ex-presidente e de mais 60 pessoas, por 20 votos a 11


18/10/2023 17:37 - atualizado 18/10/2023 17:37
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Senadora Eliziane Gama lê o relatório final da CPMI do Golpe.
Aliados do ex-presidente votaram contra o relatório e reclamaram de uma suposta "parcialidade" da relatora (foto: Lula Marques/Agência Brasil)
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro aprovou, nesta quarta-feira (18/10), o relatório da senadora Eliziane Gama (PSD-MA). No texto, que contém mais de 1,3 mil páginas, a relatora responsabiliza Jair Bolsonaro (PL) por incitar os ataques aos prédios dos Três Poderes e pede o indiciamento do ex-presidente.

 

Depois de mais de sete horas de discussão, que começou nesta manhã e se estendeu pela tarde, o colegiado aprovou por 20 votos favoráveis, 11 contrários e uma abstenção, o documento que pede o indiciamento de mais de 60 pessoas, incluindo a deputada Carla Zambelli (PL-SP), do tenente-coronel Mauro Cid, do general Augusto Heleno, do ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques, entre outros.

 

Leia: Bolsonaro vai à PF, fica em silêncio e entrega depoimento por escrito 

 

O relatório apresenta uma linha do tempo que mostra, de acordo com as alegações da relatora, o roteiro golpista adotado pelos bolsonaristas e por interlocutores que motivaram a atuação dos manifestantes. Segundo o documento, a intenção era abolir o Estado Democrático de Direito e instalar uma ditadura no Brasil.

 

Além dos indiciamentos, o relatório pede o “aprofundamento das investigações” sobre mais de 100 pessoas entre financiadores e figuras como o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha.

 

“Nos demos ao Brasil o registro histórico de um momento importantíssimo. O que vai ficar para história são os debates que foram promovidos aqui nessa CPMI e isso é a beleza do parlamento. A CPMI trouxe a verdade para praça pública, porque aqui não há sigilo. Aqui nessa CPMI vivenciamos a síntese do radicalismo que vivemos”, disse o presidente da comissão, Arthur Maia (União-BA), no encerramento dos trabalhos do colegiado. “Temos que internalizar na nossa cabeça e no nosso coração que a democracia é maior que esse radicalismo”, completou o deputado.

 


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