O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta sexta-feira (20/10), que o grupo Hamas cometeu terrorismo e que Israel reagiu de "forma insana" ao matar crianças na Faixa de Gaza.
Esta é a primeira vez que o presidente usa a palavra "terrorismo" para qualificar o Hamas — ele vinha sendo pressionado por isso. Lula tem adotado uma postura em defesa da paz, evitando se posicionar no conflito em favor de um dos lados.
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Lula ainda manifestou solidariedade às crianças impactadas pela guerra da Ucrânia e da Rússia. "Não é possível tanta irracionalidade, não é possível tanta insanidade, que as pessoas façam uma guerra tendo em conta de que as pessoas que estão morrendo são mulheres, pessoas idosas, crianças", disse.
A declaração foi feita durante a cerimônia dos 20 anos do Bolsa Família, no Ministério do Desenvolvimento Social. Lula participou do evento por videoconferência em sua primeira aparição pública, ainda que virtual, desde que realizou cirurgias no quadril e nas pálpebras. A primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, esteve ao seu lado, na transmissão do Palácio da Alvorada.
Desde 29 de setembro, quando operou, o Palácio do Planalto só divulgou três imagens do presidente: duas em ligações internacionais, a respeito da guerra no Oriente Médio, e uma durante a assinatura de um decreto em reunião com ministros. O chefe do Executivo está no Palácio da Alvorada, onde ainda se recupera das cirurgias e despacha diariamente.
O governo recriou o principal programa social das gestões petistas em março deste ano, por medida provisória. Hoje o preço médio do benefício, sob o novo desenho, é de R$ 714.
A MP (medida provisória) que criou o novo Bolsa Família prevê um intervalo de dois anos para o governo reajustar os valores dos benefícios e a linha de pobreza que determina quem é elegível ao programa. O texto foi aprovado em junho pelos congressistas, com um benefício especial para lactantes e a garantia da continuidade do programa Auxílio-Gás.
Uma das principais mudanças é a inclusão de lactantes no público-alvo do benefício adicional de R$ 50 por mês. O texto enviado pelo governo ao Congresso Nacional estendia o bônus apenas para crianças e adolescentes de 7 a 18 anos e gestantes.